sábado, 29 de junho de 2013

FOGO ABRASADOR - clipe oficial - ANA GABRIELA


Seguir a Cristo

Nos últimos dias, manifestações multitudinárias pelas ruas de várias cidades do país chamaram a atenção de toda a sociedade. Líderes autênticos ou forjados, bandeiras que começam no preço das passagens dos coletivos, passam pelos gastos com a construção de estádios, chegam à chaga da corrupção e da impunidade e incluem o justo reclamo por verbas para a educação e a saúde, um leque aberto e muito complexo. Busca-se entender o que elas significam, pois aparentemente tudo andava bem e os detentores do poder não cessam de defender os ganhos econômicos e sociais. Não dá para fazer ouvido de mercador diante de tantos e insistentes gritos!
Os argumentos são diversos, mas todos convergem para uma insatisfação crescente. O descrédito generalizado dos diversos poderes que se envolvem no jogo político e social causa forte impressão. Repete-se o ciclo, independente dos partidos que governam, para voltar à insegurança quanto ao futuro. O que acontece? O que fazemos com todos os recursos postos à nossa disposição? Afinal, já somos livres e todos podem fazer e falar o que querem? É que não basta ter moeda mais forte, políticas compensatórias, viagens, aparelhos eletrônicos de todo tipo ou sonhos de consumo que depois se revelam bolhas fugazes. Muito cedo as pessoas percebem que apenas o ter, o poder e o prazer não as realizam. Ainda mais, são expressivos os sinais de que passaremos por frustrações semelhantes a outras partes do mundo e que as pessoas não se transformaram automaticamente em gente feliz. Os pretensos "paraísos terrestres" construídos por mãos humanas desmoronam logo.
De fato, não se trata apenas de um país, mas de transformações globais e radicais, como bem identificou a Quinta Conferência do Episcopado latino-americano e caribenho: "Vivemos uma mudança de época cujo nível mais profundo é o cultural. Dissolve-se a concepção integral do ser humano, sua relação com o mundo e com Deus; aqui está precisamente o grande erro das tendências dominantes do último século que excluem Deus de seu horizonte, falsificam o conceito da realidade e só podem terminar em caminhos equivocados e com receitas destrutivas. Surge hoje, com grande força, uma sobrevalorização da subjetividade individual. Independentemente de sua forma, a liberdade e a dignidade da pessoa são reconhecidas. O individualismo enfraquece os vínculos comunitários e propõe uma radical transformação do tempo e do espaço, dando um papel primordial à imaginação. Os fenômenos sociais, econômicos e tecnológicos estão na base da profunda vivência do tempo,  que se concebe fixado no próprio presente, trazendo concepções de inconsistência e instabilidade. Deixa-se de lado a preocupação pelo bem comum para dar lugar à realização imediata dos desejos dos indivíduos, à criação de novos e,  muitas vezes, arbitrários direitos individuais, aos problemas da sexualidade, da família, das enfermidades e da morte" (Documento de Aparecida, 44).
Cabe ao cristão participar da vida social e política, compartilhar esperanças, abraçar e semear valores consistentes, dialogar com as diversas forças do tecido social, aprender com quem pensa diferente e oferecer com clareza e maturidade o que lhe é próprio. E aqui nasce uma pergunta crucial sobre o que é próprio do ser cristão diante dos desafios do tempo presente, que nada tem de cristandade dominante. Ao contrário, este é um tempo de indiferentismo, relativismo e de ateísmo que se espalha.
Com os primeiros cristãos, podemos aprender muito para responder a tal pergunta. No ambiente desafiador do Império Romano, alguns dos discípulos de Jesus chegaram a Antioquia e começaram a pregar também aos gregos, anunciando-lhes a Boa-Nova do Senhor Jesus, na qual muitos acreditaram e se converteram. Então enviaram Barnabé a Antioquia e uma grande multidão aderiu ao Senhor. Barnabé partiu para Tarso, à procura de Saulo e o levou a Antioquia. Passaram um ano inteiro trabalhando juntos naquela Igreja, e instruíram uma numerosa multidão. Em Antioquia, os discípulos foram, pela primeira vez, chamados com o nome de “cristãos” (Cf. At 11, 19-30). Em Atenas, "de pé, no meio do Areópago, Paulo tomou a palavra: “Atenienses, em tudo eu vejo que sois extremamente religiosos. Com efeito, observando, ao passar, as vossas imagens sagradas, encontrei até um altar com esta inscrição: ‘A um deus desconhecido’. Pois bem, aquilo que adorais sem conhecer, eu vos anuncio. O Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe, sendo Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mão humana" (At 17, 22-24). Num ambiente pagão, os seguidores do "caminho" (Cf. At 9,2), malgrado perseguições e incompreensões, espalharam a Boa-Nova e são muitas outras as missões empreendidas.
De lá para cá, esta é a nossa época, é a nossa vez! Nosso tempo é o melhor que existe para empreender a mesma aventura, sem medo! Trata-se de ser coerentes e fiéis a Jesus Cristo (Cf. Lc 9, 23-24). Renunciar a si mesmos, tomar a Cruz e seguir! Renunciar é deixar de lado o apego egoísta aos próprios interesses e a tudo o que é supérfluo, olhar ao redor e ver o bem comum. Cruz, instrumento de salvação, antes de ser caminho de dor é opção pelo amor, o mais importante no Sacrifício de Cristo. Seguimento é percorrer os mesmos passos do Senhor, com a sabedoria para enxergar com lucidez as novas situações que se apresentam.
Ao analisar os fatos e decidir o posicionamento a ser tomado, passa na frente a Verdade, que tem nome ("Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida" - Jo 14,6). No diálogo com as pessoas, não vale o medo de viver de acordo como Evangelho, pois cada cristão autêntico há de relacionar-se com todos, com a qualidade do amor que recebeu de Jesus Cristo. A participação nos diversos grupos da sociedade, para quem quer ser sal, luz e fermento, faz a diferença de forma positiva, com a escuta sincera das razões das pessoas, sejam quais forem as situações em que se encontrem. Suas mãos e sua "ficha" hão de se manter limpas, mesmo com as eventuais vantagens que possam ser oferecidas por um mundo corrompido. Cabe-lhe sempre a iniciativa e a criatividade na busca de soluções para os problemas sociais. Sua marca há de ser a alegria, fruto da ação do Espírito Santo que conduz a Igreja, a quem pedimos, tornando-nos todos jovens, unidos à Jornada Mundial da Juventude: "Ó Espírito Santo, Amor do Pai e do Filho, com o esplendor da tua Verdade e com o fogo do teu Amor, envia tua Luz sobre todos os jovens para que, impulsionados pela Jornada Mundial da Juventude, levem aos quatro cantos do mundo a fé, a esperança e a caridade, tornando-se grandes construtores da cultura da vida e da paz e os protagonistas de um mundo novo".


Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo Metropolitano de Belém
Assessor Eclesiástico da RCCBRASIL



 

"Sejam pedras vivas da Igreja"

Papa Francisco encontrou-se, na manhã desta quarta-feira, na Praça São Pedro, no Vaticano, com os inúmeros peregrinos e fiéis, provenientes das diversas partes do mundo, para a Audiência Geral.

Em sua catequese semanal, o Santo Padre refletiu sobre o tema: “A Igreja: templo do Espírito Santo”. De fato, uma das imagens que ilustra o mistério da Igreja é a de Templo de Deus. No Antigo Testamento, o Templo, construído por Salomão, era o lugar por excelência do encontro com Deus, pois ali estava conservada a Arca da Aliança, sinal da presença do Senhor no meio do seu povo.

Este Templo, porém, era a prefiguração da Igreja, que é a verdadeira Casa de Deus, disse o Papa:

“A Igreja é a Casa de Deus, o lugar da sua presença, onde podemos encontrar o Senhor; a Igreja é o Templo onde mora o Espírito Santo, que a anima, guia e sustenta. A pedra angular da Igreja é Cristo e todo cristão batizado é como uma pedra viva deste edifício espiritual.”

O Espírito Santo, com seus dons, explicou depois o Papa, designa a variedade e a riqueza na Igreja e une tudo e todos, a ponto de construir um templo espiritual. Em tal construção, nós não oferecemos sacrifícios materiais, mas oferecemos a nós mesmos, a nossa vida. E o Papa continuou:

“A Igreja não è um entrelaçado de coisas e de interesses, mas é o Templo do Espírito Santo, onde Deus atua; onde cada um de nós, mediante o dom do Batismo, se torna pedra viva. Isso significa que na Igreja, ninguém é inútil, ninguém é secundário ou anônimo: todos nós formamos e construímos a Igreja”.

Isto, porém, nos faz refletir, disse o Santo Padre, sobre o fato de que, se faltar o tijolo da nossa vida cristã, falta alguma coisa para embelezar a Igreja. E concluiu: “Peçamos a graça e a força ao Senhor, para que possamos estar unidos a Cristo, pedra angular, que sustenta a nossa vida e a vida de toda a Igreja”.

Ao término da sua catequese de hoje, Papa Francisco passou a cumprimentar os diversos grupos presentes, em diversas línguas. Eis o que disse aos fiéis de língua portuguesa:

“Queridos peregrinos de língua portuguesa, de modo particular os brasileiros de Goiânia e de Santa Maria. Sejam bem vindos! Saúdo-os como pedras vivas do edifício espiritual, que é a Igreja, encorajando-os a permanecer profundamente unidos a Cristo, para que, animados pelo seu Espírito, possam contribuir para a edificação de uma Igreja sempre mais bela. Abençôo todos vocês e as suas comunidades”.

Por fim, o Santo Padre concedeu aos presentes a sua Bênção Apostólica. (MT)

Site: Rádio Vaticano

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Os protestantes e a devoção a Maria

Os nossos irmãos protestantes e a questão da devoção dos católicos a Virgem Maria.

Padre Paulo Ricardo tem pregado muito a respeito da consagração a Virgem Maria, segundo o método do livro “Tratado da Verdadeira devoção à Santíssima Virgem”, de São Luís Maria Grignion de Montfort. Recentemente, o sacerdote pregou na Canção Nova sobre a consagração em nosso processo de santificação. Depois da palestra, Padre Paulo respondeu a algumas perguntas dos presentes sobre a consagração e a devoção a Nossa Senhora. A pedido de nossos leitores, postaremos esta série de artigos, divididos por temas, com as respostas do Padre Paulo.

Como se dá a conversão de nossos irmãos protestantes, se eles não acreditam na intercessão de Nossa Senhora?

Se Deus Pai está enviando o Espírito Santo sobre os protestantes, para gerar o Cristo neles, Maria é Mãe deles, quer reconheçam, quer não. São Tomás de Aquino diz que onde quer que esteja a verdade, aí está o Espírito Santo. Se um ateu, fazendo uma pesquisa descobre uma verdade, aí está o Espírito, que o Pai enviou, e alguma coisa do Cristo está se realizando. Se Jesus está presente, Maria também está. Nossa Senhora é Mãe da humanidade, dos filhos que a reconhecem e dos filhos que não a reconhecem. Isso é uma consolação para você que é pai ou mãe de família e tem filho rebelde, que não quer saber de Igreja e está por aí, perdido nas drogas, no sexo desregrado. Maria é Mãe do seu filho, quer ele reconheça, quer não. Por isso, entregue tudo nas mãos de Nossa Senhora.

O que vai acontecer com os protestantes que não amam Nossa Senhora quando eles chegarem no Céu?

Quem julgará os corações será Deus. O que importa é nos humilhar diante de Deus. Quando uma pessoa, que achava a devoção a Nossa Senhora um exagero, chegar no Céu e vir Maria, nesse momento é que saberemos se ela vai ter humildade. Ela poderá reconhecer o desígnio de Deus, de fazer dela a maior de todas as criaturas, Rainha do Céu e da Terra, ou dirá: se é desse jeito eu não entro. Pois, assim é que as pessoas são condenadas ao inferno. Deus se apresenta em sua bondade e misericórdia e as pessoas O renegam. A resposta a essa pergunta vai depender se a pessoa não aceitava Maria por zelo. Será que essa pessoa nega a Igreja Católica ou uma caricatura da Igreja que apresentaram pra ela? Pode ser que a pessoa foi convencida que a Igreja Católica é um antro de perdição, de idolatria e estão cegos. Se a pessoa está cega por ignorância, ela será salva, mas se foi por soberba, será difícil ela se dobrar diante de Deus.

O que fazer quando os protestantes nos atacam com palavras?

Eu desaconselho o debate com esses nossos irmãos protestantes quando nos visitam e atacam a Igreja Católica, porque eles são treinados para não nos ouvir. Eles são treinados para desestabilizar o católico. Eles jogam uma pergunta após a outra, e estamos respondendo mas eles não estão nos ouvindo. Eles tem uma lista de perguntas para fazer e nos desestabilizar, para colocar dúvida na nossa cabeça. Eles são treinados para não dialogar e não nos ouvir. Infelizmente esta é a realidade a respeito da maior parte dos protestantes, a não ser aqueles que são muito abertos ao diálogo. A grande maioria deles é treinada para não ouvir. Então não devemos debater com os protestantes, nem mesmo responder à primeira pergunta. Porque se tentarmos responder, estaremos fazendo o que a pessoa quer, que é nos desestabilizar. O melhor a fazer é não falar com eles sobre religião.

fonte: http://blog.cancaonova.com/tododemaria/os-protestantes-e-a-devocao-a-maria/

quinta-feira, 27 de junho de 2013

" A Igreja é chamada a proclamar a Palavra de Deus até o martírio"

Como São João, a Igreja é chamada a proclamar a Palavra de Deus até o martírio. Foi o que sublinhou o Papa Francisco na Santa Missa nesta manhã, na Casa Santa Marta, na Solenidade do Nascimento de São João Batista. O Papa reafirmou que a Igreja não deve jamais conservar algo para si mesma, mas estar sempre a serviço do Evangelho.

Na missa, que foi concelebrada, entre outros, pelo Cardeal Gianfranco Ravasi, participaram um grupo de sacerdotes e colaboradores do Pontifício Conselho para a Cultura, um grupo de funcionários da Pontifícia Comissão de Arqueologia Sacra e um grupo do Serviço Filatélico e Numismático Vaticano.

No dia em que a Igreja celebra o nascimento de São João Batista, o Papa Francisco começou a sua homilia dirigindo uma saudação a todos aqueles que têm o nome de João. A figura de João Batista, disse o Papa, nem sempre é fácil de entender. “Quando pensamos em sua vida – observou o Papa -, é um profeta”, um “homem que foi grande e depois acaba como um homem pobre”. Quem é então João? Ele mesmo, disse o Papa Francisco, responde: “Eu sou uma voz, uma voz no deserto”, mas “é uma voz sem Palavra, porque a Palavra não é ele, é Outro”. Eis então, qual é o mistério de João: “Nunca se apodera da Palavra”, João “é aquele que indica, que assinala”. O “sentido da vida de João - acrescentou - é indicar outro”. O Papa Francisco, disse em seguida que chama a sua atenção o fato de que a “Igreja escolheu para a festa de São João” um período em que os dias são os mais longos do ano, “tem mais luz”. E realmente João “era o homem da luz, carregava a luz, mas não tinha luz própria, refletia a luz”. João é “como uma lua”, e quando Jesus começou a pregar, a luz de João “começou a diminuir cada vez mais”. “Voz, não Palavra - disse o Papa - luz, mas não luz própria”.

“João parece ser nada. Essa é a vocação de João, anular-se. E quando contemplamos a vida deste homem, tão grande, tão poderoso - todos acreditavam que ele era o Messias -, quando contemplamos essa vida, como se anula até a escuridão de uma prisão, contemplamos um grande mistério. Nós não sabemos como foram os últimos dias de João. Não sabemos. Sabemos apenas que ele foi morto, a sua cabeça colocada em uma bandeja, como grande presente para uma dançarina e uma adúltera. Eu acho que mais do que isso ele não podia se rebaixar, anular-se. Esse foi o fim de João”.

Na prisão, prosseguiu o Papa, João experimentou a dúvida, tinha angústia e chamou os seus discípulos para irem até Jesus e pedir-lhe: “És Tu, ou devemos esperar outro?”. “Existe a escuridão, a dor da sua vida. Nem mesmo isso foi poupado a João”, disse Francisco, que acrescentou: “a figura de João me faz pensar muito na Igreja”

“A Igreja existe para proclamar, para ser voz de uma Palavra, do seu esposo, que é a Palavra. A Igreja existe para proclamar esta Palavra até o martírio. Martírio precisamente nas mãos dos orgulhosos, dos mais soberbos da Terra. João poderia tornar-se importante, poderia dizer algo sobre si mesmo. “Mas eu creio jamais faria isso: indicava, sentia-se voz, não Palavra. O segredo de João. Porque João é santo e sem pecado? Porque, ele jamais apresentou uma verdade como sua. Ele não queria ser um ideólogo. Era o homem que se negou a si mesmo, para que a Palavra se sobressaísse. E nós, como Igreja, podemos pedir hoje a graça de não nos tornarmos uma Igreja ideologizada... "

A Igreja, acrescentou, deve ouvir a Palavra de Jesus e se fazer voz, proclamá-la com coragem. “Esta - disse - é a Igreja, sem ideologias, sem vida própria: a Igreja que é o “mysterium lunae”, que recebe a luz do seu Esposo e deve diminuir para que Ele cresça”.

“Este é o modelo que oferece hoje João para nós e para a Igreja. Uma Igreja que esteja sempre ao serviço da Palavra. Uma Igreja, que nunca tome nada para si mesma. Hoje na oração pedimos a graça da alegria, pedimos ao Senhor para animar esta Igreja no seu serviço à Palavra, de ser a voz desta Palavra, pregar essa Palavra. Vamos pedir a graça: a dignidade de João, sem idéias próprias, sem um Evangelho tomado como propriedade, apenas uma Igreja voz que indica a Palavra, e isso até o martírio. Assim seja! (SP)

Fonte: Rádio Vaticano

Uma Igreja sem ideologias, seguindo o exemplo de São João Batista

O papa nos lembra a vocação da Igreja: "ser voz" da Palavra de Deus e proclamá-la "até o martírio"

São João Batista era uma "lua", cuja luz mostra o caminho para quem está no escuro, mas começa a diminuir à medida que nasce o sol do Cristo ressuscitado.

É sugestiva a imagem que o papa Francisco propôs ontem na missa da Casa Santa Marta, no dia de São João. O "profeta" é um símbolo da vocação da Igreja, chamada a anunciar, servir e proclamar até o martírio, não para aparecer ela própria, mas para divulgar a verdade do Evangelho.

Antes de iniciar a homilia, o papa saudou a todos os homens chamados “João”. Um nome importante, disse ele, porque nos lembra uma das principais figuras do cristianismo. Uma figura "nem sempre fácil de entender".

Se olharmos para a vida de João Batista, prosseguiu o papa, parece que “tem algo que não fecha”: ele é um homem "que foi grande" desde o seio materno, que foi saudado como "profeta" e, no fim, "termina como um coitado". A grandeza de João, no entanto, se distancia de qualquer concepção
humana
, e consiste em ser "uma voz no deserto", como ele mesmo se define. Ele "é uma voz sem Palavra, porque a Palavra não é ele, mas Outro". Ele "nunca se apodera da Palavra", porque o "sentido da sua vida é apontar para Outro", observou o pontífice.

Não por acaso, a Igreja escolheu comemorar a sua festa na época do ano em que, no hemisfério norte, os dias são mais longos e "têm mais luz", disse Bergoglio. Um aspecto que ressalta o ser de João como um "homem da luz", que "portava a luz".
Não uma luz própria, mas uma "luz refletida", como a da lua, que "começou a se apagar" com o início da pregação de Cristo. "Essa é a vocação de João: aniquilar-se", disse o papa. E quando "contemplamos a vida deste homem, tão grande, tão poderoso", a tal ponto que todos pensavam era ele o Messias, mas que se aniquila "até a escuridão do cárcere", estamos contemplando "um grande mistério".

"Nós não sabemos como foram os últimos dias de João", continuou o papa. "Sabemos apenas que ele foi morto, que a cabeça dele foi colocada em uma bandeja, como um grande presente de uma dançarina para uma adúltera". Sabemos que na prisão ele sofreu todo tipo de dor, de angústia e de dúvida: ele mesmo chamou os seus discípulos e os mandou até Jesus para lhe perguntar: “É você ou devemos esperar por outro?”. Nem isto “lhe foi poupado”, disse Bergoglio, acrescentando: "Eu não acho que seja possível descer mais ainda, aniquilar-se. Esse foi o fim de João".

Mas, como todo martírio, também o de João Batista não aconteceu em vão, porque tem iluminado na Igreja o caminho a seguir, feito de sangue, pregação e verdadeira fé. "A figura de João me faz pensar muito na Igreja", disse o pontífice. Ela "existe para proclamar, para ser a voz de uma Palavra, do seu Esposo, que é a Palavra". "João podia se fazer de importante, podia falar de si mesmo", mas ele apenas "indicava, ele se considerava uma voz, não a Palavra".

Este é o "segredo" de João. É por este motivo que ele é santo. "Porque ele nunca, nunca tomou uma verdade como sua própria", nunca "quis ser um ideólogo", mas, ao contrário, "negou a si mesmo, para ressaltar somente a Palavra".

Seguindo o seu exemplo, exortou Francisco, "nós, como Igreja, podemos pedir hoje a graça de não ser uma Igreja ideologizada", mas uma Igreja "que é o mysterium lunae, que tem luz porque ela vem do seu Esposo, e que deve diminuir para que Ele cresça"; uma Igreja que "está sempre a serviço da Palavra" e que "nunca toma nada para si mesma".

“Oremos”, pediu o papa Francisco, “para que o Senhor nos conceda o dom de ser a voz dessa Palavra, de pregar essa Palavra", imitando João, "sem ideias próprias, sem um evangelho usado como propriedade nossa", "até o martírio".

 
Fonte: Zenit

O gigante acordou? Mas quem o está comandando? O que querem?

O fenômeno das manifestações populares em combate aos aumentos das tarifas de ônibus e contra a corrupção tomou conta das ruas do Brasil. Neste artigo, o padre Eduardo Braga (Dudu), da Arquidiocese de Niterói/RJ, traz algumas reflexões necessárias sobre o assunto. Confira.

O Brasil está vivendo um momento histórico com este fenômeno das “manifestações”. Praticamente ninguém mais questiona a liberdade democrática de expressarmos, como cidadãos, nossos direitos. Mas o que começamos a ver no nosso país ainda é obscuro. Que movimento é este? O que ele pretende? Quem são os seus mentores? Sem estas respostas seria no mínimo imprudente, sob meu ponto de vista, aderi-lo.

Estamos indo às ruas por causa de 20 centavos? Queremos apenas passe livre? O país do futebol está indignado com a Copa? Por que este movimento começa exatamente agora? É verdade, que a organização deste movimento não pode conter os vândalos? Estamos caminhando para uma guerra civil também no Brasil? Destruir nossas cidades nos garantirá um Brasil melhor? Deseja-se reforma ou faz-se revolução? Estamos seguros para dizer que está caindo um paradigma no Brasil?

Estamos lutando contra a corrupção, desvios de verbas, falta de segurança, infraestrutura na educação e na saúde. Amém! Que assim seja. Mas é isto mesmo? Será que não são também os próprios corruptos que tomaram através do brinquedinho das redes sociais o ''controle remoto'' do gigante que estava ''deitado eternamente em berço esplêndido'' e estão manipulando massas para a próxima eleição?

Manifestantes, baderneiros, criminosos, oportunistas, estudantes e aproveitadores. Quem é quem nas ruas? Ir para ruas assim? Cinegrafistas, repórteres e trabalhadores feridos. Comerciantes saqueados. E o ataque aos policiais? Eles também não são brasileiros? Também não querem melhorias? Atacá-los por quê? E nossos monumentos históricos depredados e pichados? Nem mesmo nossas Igrejas foram poupadas!

Na quinta-feira (20), foi de fato um dia histórico. O protesto pelo país levou 1,25 milhão de pessoas, mas também acabou em um morte, centenas de feridos, vários confrontos. O Rio reuniu o maior público (300 mil pessoas), e, em Brasília, vândalos atacaram inclusive o Palácio do Itamaraty. A presidente Dilma pediu aos ministros uma reunião extraordinária, o Senado permaneceu em vigília. Os políticos já perceberam a força de tal movimento. Mas, voltemos ao questionamento inicial: O que deseja afinal este movimento?

Aproveitando um pensamento de um bispo católico nordestino, quero pedir, sobretudo, aos nossos jovens, que pensem antes de ir às ruas em três aspectos:

1- Que tais manifestações não sejam manipuladas por grupos, sobretudo, partidos especializados nisso: pegar carona em atos públicos para usá-los ideologicamente;
2- Que não caia em atos de violência, anarquia e vandalismo. Na democracia devem caminhar juntos a liberdade de expressão e o respeito à ordem.
3- Que se procure esclarecer, ao menos em linhas gerais, quais demandas, quais reivindicações, estão no coração da sociedade.

Manifestemos com a vida pura! Coragem, paciência, prudência. O amor continua sendo a melhor forma de mudança!

Pe. Eduardo Braga (Dudu)
Arquidiocese de Niterói/RJ

sábado, 22 de junho de 2013

Nota da CNBB: "Ouvir o clamor que vem das ruas"

Leia a Nota:

Ouvir o clamor que vem das ruas

Nós, bispos do Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, reunidos em Brasília de 19 a 21 de junho, declaramos nossa solidariedade e apoio às manifestações, desde que pacíficas, que têm levado às ruas gente de todas as idades, sobretudo os jovens. Trata-se de um fenômeno que envolve o povo brasileiro e o desperta para uma nova consciência. Requerem atenção e discernimento a fim de que se identifiquem seus valores e limites, sempre em vista à construção da sociedade justa e fraterna que almejamos.

Nascidas de maneira livre e espontânea a partir das redes sociais, as mobilizações questionam a todos nós e atestam que não é possível mais viver num país com tanta desigualdade. Sustentam-se na justa e necessária reivindicação de políticas públicas para todos. Gritam contra a corrupção, a impunidade e a falta de transparência na gestão pública. Denunciam a violência contra a juventude. São, ao mesmo tempo, testemunho de que a solução dos problemas por que passa o povo brasileiro só será possível com participação de todos. Fazem, assim, renascer a esperança quando gritam: “O Gigante acordou!”

Numa sociedade em que as pessoas têm o seu direito negado sobre a condução da própria vida, a presença do povo nas ruas testemunha que é na prática de valores como a solidariedade e o serviço gratuito ao outro que encontramos o sentido do existir. A indiferença e o conformismo levam as pessoas, especialmente os jovens, a desistirem da vida e se constituem em obstáculo à transformação das estruturas que ferem de morte a dignidade humana. As manifestações destes dias mostram que os brasileiros não estão dormindo em “berço esplêndido”.

O direito democrático a manifestações como estas deve ser sempre garantido pelo Estado. De todos espera-se o respeito à paz e à ordem. Nada justifica a violência, a destruição do patrimônio público e privado, o desrespeito e a agressão a pessoas e instituições, o cerceamento à liberdade de ir e vir, de pensar e agir diferente, que devem ser repudiados com veemência. Quando isso ocorre, negam-se os valores inerentes às manifestações, instalando-se uma incoerência corrosiva que leva ao descrédito.

Sejam estas manifestações fortalecimento da participação popular nos destinos de nosso país e prenúncio de novos tempos para todos. Que o clamor do povo seja ouvido!

Sobre todos invocamos a proteção de Nossa Senhora Aparecida e a bênção de Deus, que é justo e santo.

Brasília, 21 de junho de 2013

Cardeal Raymundo Damasceno Assis
Arcebispo de Aparecida
Presidente da CNBB

Dom José Belisário da Silva
Arcebispo de São Luís
Vice-presidente da CNBB

Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário Geral da CNBB



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segunda-feira, 17 de junho de 2013

Sinais de amor

"Muitos tentaram escrever a história dos fatos ocorridos entre nós, assim como nos transmitiram aqueles que, desde o início, foram testemunhas oculares e, depois, se tornaram ministros da palavra. Diante disso, decidi também eu, caríssimo Teófilo, redigir para ti um relato ordenado, depois de ter investigado tudo cuidadosamente desde as origens, para que conheças a solidez dos ensinamentos que recebeste” (Lc 1,1-4). São características que fazem de São Lucas escritor caprichoso ao apresentar o modo de ser e agir de Nosso Senhor. Uma das vertentes mais atraentes de seus escritos são os gestos de misericórdia de Jesus. Pérolas do Evangelho, como as parábolas da Misericórdia, o encontro do Senhor com pessoas destinadas à rejeição na sociedade ou a atenção aos pobres e enfermos.

Tudo nos chega com beleza indescritível pela pena daquele que provavelmente teve contato com uma testemunha privilegiada, chamada Maria de Nazaré. Dificilmente alguém poderia descrever episódios como os da infância de Jesus sem um contato com quem os viveu tão de perto. Aliás, além de Maria, Mãe do Senhor, várias mulheres encontram lugar privilegiado no terceiro evangelho, como "Maria, chamada Madalena, de quem saíram sete demônios, Joana, mulher de Cuza, alto funcionário de Herodes, Susana, e muitas outras mulheres, que os ajudavam com seus bens" (Lc 8,2-3). Também outros evangelhos as reconhecem presentes: Salomé (Mc 15,40), Maria, mãe de Tiago (Mc 15,40), Maria, mulher de Cléopas (Jo 19,25).

Lucas médico, artista, evangelista! Sua narrativa nos faz acompanhar Jesus em situações intrigantes e recolher, a partir da própria cultura do tempo, as lições que se tornam roteiro de vida para quem quer que faça a escolha da vida cristã. Uma cena aparentemente prosaica como a do fariseu que convidou Jesus para jantar é carregada de sentido. Um homem chamado Simão, uma mulher conhecida na cidade como pecadora, mesa, óleo, beijo, lágrimas, perdão, sinais de amor (Lc 7,36-8,3). Tudo compõe a pintura que a Igreja proclama como "Evangelho", "Palavra da Salvação" também para hoje.

A hospitalidade judaica acrescentava ao convite feito para uma refeição a água para as abluções, o refrescante óleo perfumado e o ósculo de paz. Provavelmente o anfitrião, curioso diante do mestre que acolhera seu convite, descuidou-se de gestos correntes de civilidade. Quem cobriu sua falta de cortesia foi justamente uma mulher pecadora. Rompidas todas as barreiras, soltou seus cabelos, numa surpreendente manifestação de liberdade, e transbordou seu coração em lágrimas e beijos. Tendo pecado tanto, amou muito mais e saiu dali com os preciosos tesouros do perdão e da paz.

Os traços de tais gestos se encontram presentes na Igreja nos sinais com os quais se celebram os sacramentos da Iniciação Cristã. Água do Batismo, Óleo da Unção na Crisma e Mesa preparada na Eucaristia. Assim fomos acolhidos com amor por Cristo no coração da Igreja, para darmos testemunho dele onde quer que estejamos. Entrar na Igreja não é inscrever-se numa associação ou clube, quem sabe com título de sócio proprietário! É antes acolher a expressão do amor de Deus que recebe em sua família os que dele se aproximam, ao escutarem seu provocante convite.

Como Deus tem uma só palavra e seus dons são irrevogáveis (Cf. Rm 11,29), ele não volta atrás quando uma pessoa é recebida na Igreja, feita filha e templo do Espírito Santo no Batismo e na Crisma. Mesmo quem abandonar a prática da fé cristã, lá dentro de seu coração se encontra latente a graça de Deus. São impressionantes as descrições da segunda conversão: pessoas que deixaram a prática religiosa, depois de um tempo e muitos acidentes de percurso, reencontram o amor de Deus e o seio materno da Igreja. É que a Mãe Igreja não pode abandonar ninguém. Saibam todos que a Igreja ora por eles e os aguarda, como aves viajoras que ao por do sol retornam ao seu ninho.

A desculpa será sempre o pecado! Se assim for, bendito seja Deus, pois o mais grave é não ter consciência dele, quando a consciência se relaxa de tal forma, como tão corrente em nossos dias, que do mal se faz propaganda e os crimes, aberrações de todo gênero e insensibilidade se espalham.

Quem se reconhece pecador ou pecadora, parabéns! A porta está aberta. Revista-se de lágrimas, solte seus cabelos, irrompa nos ambientes mais seletos, venha com o Óleo perfumado dos sentimentos mais autênticos plantados pelo Espírito Santo em seu coração! Os que se encontram "em casa" se desdobrem para receber de braços abertos os pecadores de toda ordem. Confessionários a postos, para jornadas de reconciliação, estruturas pastorais mais acolhedoras, templos de portas abertas, braços preparados para abraçar e não para apartar! Agentes de Pastoral, discípulos missionários, em suas mãos e em seus passos se encontra a chance que muitos esperam para voltar à casa paterna. A porta está aberta! Inaugurou-se a estação da misericórdia e do perdão. Que todos tenham o direito de ouvir, através da Igreja, a voz do Senhor: "Teus pecados estão perdoados... Tua fé te salvou. Vai em paz!" (Cf. Lc 7,48-50).




altDom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo de Belém do Pará
Assessor Eclesiástico da RCCBRASIL

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Um tesouro de Deus

Por que temos tanta certeza de que os nossos Grupos de Oração são tão valiosos? O que nos fez chegar a essa conclusão? O próprio Senhor! E é Ele que pede que não nos afastemos de “Seu Coração”, ou seja, de nosso Grupo.

Temos usado a expressão “Grupo de Oração, Tesouro de Deus” e, provavelmente, muitos pensam que este termo partiu de nós. A verdade, porém, é que foi um termo inspirado por Deus. Estávamos, a então constituída equipe da Comissão de Formação, reunidos na casa de Marta e Maria, no Rio de Janeiro, para pensar e discernir a formação de coordenadores. Já tínhamos a primeira parte pronta, aquela que fala da Renovação como uma graça para a Igreja, mas precisávamos dar continuidade. Durante um momento de oração e escuta diante do Santíssimo, o Senhor começou a nos falar em profecias e visualizações sobre a sua obra de amor no meio de nós através dos nossos Grupos de Oração e apareceu, como palavra inspirada, confirmada por visualização, a expressão “Grupo de Oração, Tesouro de Deus”.

Podemos dizer que a raiz da Renovação está no Grupo de Oração. Aqueles professores da Universidade de Duquesne, nos Estados Unidos, que começaram a ler o livro dos Atos dos Apóstolos e desejaram a experiência dos primeiros cristãos, ficaram sabendo que um grupo de pessoas se reunia para rezar na casa de uma senhora chamada Flo Dodge.  Ouviram dizer que lá o Espírito Santo se manifestava com sinais e prodígios como nos primeiros tempos da Igreja cristã. Foram conferir e receberam o batismo no Espírito Santo. Esses mesmos professores organizaram, em fevereiro de 1967, o retiro de final de semana em Duquesne, onde o Espírito Santo se derramou com poder, como em Pentecostes, sobre os participantes que estavam reunidos na capela, no andar superior da casa. Foi aí que começou a Renovação Carismática Católica. Quando saíram de lá, cheios do Espírito, eles sentiram necessidade de estarem juntos para louvar ao Senhor, ler a Palavra, partilhar suas novas e maravilhosas experiências. Passaram a se reunir semanalmente e logo as reuniões de oração multiplicaram-se, alastraram-se como fogo por outras universidades e, dentro de pouco tempo, no mundo todo.

O Grupo de Oração nos descortina a beleza das pessoas que são acolhidas por Deus, a beleza da misericórdia de Deus que se derrama sobre todos os que acreditam e se convertem. O que nos faz chegar à grandeza da misericórdia de Deus é reconhecer “Jesus Cristo é o Senhor”. O Grupo de Oração é o lugar de encontro com Jesus. O nome de Jesus abre portas. A Renovação Carismática Católica, através dos seus Grupos, é uma porta aberta da Igreja, é a porta do acolhimento.  No Encontro Nacional de Formação para Coordenadores e Ministérios (ENF) de 2007, ocasião dos 40 anos da Renovação, recebemos uma palavra que nos fala exatamente isso: “Eis o que diz o Santo e o Verdadeiro, aquele que tem a chave de Davi – que abre e ninguém pode fechar; que fecha e ninguém pode abrir. Conheço as tuas obras: eu pus diante de ti uma porta aberta, que ninguém pode fechar; porque, apesar de tua fraqueza, guardaste a minha palavra e não renegaste o meu nome” (Ap 3,7-8).
                                                                                                                      
A interpretação da palavra foi a de que os Grupos de Oração são esta porta permanentemente aberta e que nós, os participantes e servos dos Grupos, somos colunas de Deus para sustentar os fracos e abatidos. No Grupo de Oração o Senhor nos fortalece, nos restaura e nos torna imbatíveis na luta contra o mal para que possamos ser  verdadeiramente esse sustentáculo para os outros.

Em julho do mesmo ano, depois de um momento de intercessão pelos grupos, Deus nos falou em profecia confirmando a palavra que nos havia sido dada anteriormente: “Escutai povo meu, escutai meus filhos e filhas, se vocês se deixassem conduzir pela sabedoria do meu Espírito jamais se afastariam de seus Grupos de Oração. Pois Eu quero vos revelar, com toda a minha autoridade, com toda a minha misericórdia, que o Grupo de Oração, o qual muitos de vocês têm abandonado ou desvalorizado, é nada mais que o meu coração e é no meu coração que cada um de vocês está gravado eternamente. Por isso, Eu mesmo, o Senhor, vos declaro e vos peço: retornem depressa ao meu coração, as portas se abrem. Entrem, entrem e sejam profetas no meu coração. O meu coração se abre para vocês, e o meu coração é cada Grupo de Oração espalhado nesta nação.”

Naquele mesmo Congresso, durante um momento de oração, recebemos a seguinte visualização: havia um mapa do Brasil todo preto, mas durante a oração luzes foram se acendendo como velas. De repente, clarearam o mapa inteiro e transformaram as trevas em luz. A interpretação veio logo em seguida: essas luzes acesas são os Grupos de Oração que se multiplicavam de norte a sul para iluminar o Brasil, levar o evangelho ao nosso povo e incendiar a nossa nação com o fogo de Pentecostes.

Se analisarmos a nossa própria história, veremos que um dia alguém nos convidou para um Grupo de Oração e lá o nosso cansaço, a nossa acomodação, a nossa desilusão transformaram-se em esperança, fé expectante, alegria interior. Nossa vida foi tocada pela bondade, pelo amor, pela misericórdia de Deus. Nós tivemos um encontro pessoal com Jesus Cristo. Depois desse dia, a nossa vida nunca mais foi a mesma, porque, ao encontrar Jesus “o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado”( cf Rm 5, 5).                                              Que o sentimento de nossa alma seja o mesmo dos primeiros apóstolos: “Não podemos deixar de falar das coisa que vimos e ouvimos” (At 4,20). Que o nosso desejo seja trazer homens, mulheres, jovens e crianças para os nossos Grupos de Oração a fim de que eles sejam batizados no Espírito Santo como nós fomos e possam fazer parte dessa imensa fileira de pessoas que desejam implantar a Cultura de Pentecostes na cultura da morte que predomina no nosso mundo.

Outro termo que temos usado é ”Grupo de Oração, Estratégia de Deus”, estratégia para atrair-nos ao seu coração misericordioso no qual nós somos curados, restaurados e então transformados em discípulos e missionários seus para testemunhar ao mundo que sofre.

No ENF deste ano de 2011, foi lançado um desafio aos Grupos de Oração do Brasil: que os Grupos de Oração se tornem missionários, que saiam para as praças e visitem as casas falando do amor de Deus, da salvação em Jesus Cristo e da santificação no Espírito Santo, a fim de que todos se conscientizem da sua dignidade de filhos e filhas de Deus, e passem a viver à altura de sua condição. Este apelo encontra eco numa outra profecia sobre Grupo de Oração que vem com promessas de grande poder do Espírito para todos nós: “Eu derramo sobre vós uma nova unção do meu Espírito. Eu vos liberto do desânimo, da frieza espiritual e lhes dou uma nova unção do meu Espírito. Eu faço arder em vossos corações o espírito missionário. Eu renovo a alegria e o amor em vossos Grupos de Oração e vos chamo para um tempo novo. Portas de missão se abrirão para vós, desde que sejais dóceis ao meu Espírito. Eu inauguro no meio de vós, a partir deste momento, um tempo novo, um tempo de bênçãos, um tempo de graça, onde o meu Espírito se moverá com poder para renovar a face da terra.”

Assim seja!

Por Maria Beatriz Spier Vargas
Coordenadora nacional do Ministério de Pregação

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Pregação Maravilhosa de Moises Rocha na CN - Profético


A festa do Sagrado Coração de Jesus.

A Igreja celebra a Festa do Sagrado Coração de Jesus na sexta feira da semana seguinte à Festa de Corpus Christi. O coração é mostrado na Escritura como símbolo do amor de Deus. No Calvário o soldado abriu o lado de Cristo com a lança (Jo 19,34). Diz a Liturgia que “aberto o seu Coração divino, foi derramado sobre nós torrentes de graças e de misericórdia”. Jesus é a Encarnação viva do Amor de Deus, e seu Coração é o símbolo desse Amor. Por isso, encerrando uma conjunto de grandes Festas (Páscoa, Ascensão, Pentecostes, Santíssima Trindade, Corpus Christi), a liturgia nos leva a contemplar o Coração de Jesus.

Este sagrado Coração é a imagem do amor de Jesus por cada um de nós. É a expressão daquilo que São Paulo disse: ”Eu vivi na fé do Filho de Deus, que me amou e se entregou a si mesmo por mim (Gl 2,20). É o convite a que cada um de nós retribua a Jesus este amor, vivendo segundo a Sua vontade e trabalhando com a Igreja pela salvação das almas.

Muitos Santos veneraram o Coração de Jesus. Santo Agostinho disse: “Vosso Coração, Jesus, foi ferido, para que na ferida visível contemplássemos a ferida invisível de vosso grande amor”. São João Eudes, grande propagador desta devoção no século XVII, escreveu o primeiro ofício litúrgico em honra do Coração de Jesus, cuja festa se celebrou pela primeira vez na França, em 20 de outubro de 1672.

Jesus revelou o desejo da Festa ao seu Sagrado Coração à religiosa Santa Margarida Maria Alacoque, na França, mostrando-lhe o “Coração que tanto amou os homens e é por parte de muitos desprezado”. S. Margarida teve como diretor espiritual o padre jesuíta S. Cláudio de la Colombière, canonizado por João Paulo II, e que se incumbiu de progagar a grande Festa.

O Papa Pio XII afirmou que tudo o que S. Margarida declarou “estava de acordo com a nossa fé católica”. Este foi um grande sinal a mais da misericórdia e da graça para as necessidades da Igreja, especialmente num tempo em que grassava a heresia do jansenismo (do bispo francês Jansen) que ensinava uma religião triste e ameaçadora.

O Papa Clemente XIII aprovou a Missa em honra do Coração de Jesus e Pio X, dia 23 de agosto de 1856, estendeu a Festa para toda a Igreja a ser celebrada na sexta-feira da semana subseqüente à festa de Corpus Christi. O papa Leão XIII consagrou o mundo ao Sagrado Coração de Jesus. Paulo VI disse certa vez que ela é garantia de crescimento na vida cristã e garantia da salvação eterna.

Entre as Promessas que Jesus fez à Santa Margarida está a das Nove Primeiras Sextas Feiras do mês: aos fiéis que fizerem a Comunhão em nove primeiras sextas-feiras de cada mês, seguidas e sem interrupção, prometeu o Coração de Jesus a graça da perseverança final, o que significa que a pessoa nunca deixará a fé católica e buscará a sua santificação. São as chamadas Comunhões reparadoras a Jesus pela ofensa que tantas vezes seu Sagrado Coração é tão ofendido pelos homens.

Pio XII disse: “Nada proíbe que adoremos o Coração Sacratíssimo de Jesus Cristo, enquanto é participante e símbolo natural e sumamente expressivo daquele amor inexaurível em que, ainda hoje, o Divino Redentor arde para com os homens”.

Essas são as Promessas que Jesus fez:

“No extremo da misericórdia do meu Coração onipotente, concederei a todos aqueles que comungarem nas primeiras sextas feiras de cada mês, durante nove meses consecutivos a graça do arrependimento final. Eles não morrerão sem a minha graça e sem receber os SS. sacramentos. O meu coração naquela hora extrema ser-lhe-á seguro abrigo”.

As outras promessas do Coração de Jesus a Santa Margarida Maria Alacoque:

1 - Conceder-lhe-ei todas as graças necessárias ao seu estado.

2 - Porei a paz em suas famílias.

3 - Consolá-los-ei nas suas aflições.

4 - Serei seu refúgio na vida e especialmente na hora da morte.

5 - Derramarei copiosas bênçãos sobre suas empresas.

6 - Os pecadores encontrarão no meu Coração a fonte, oceano infinito de misericórdia.

7 - Os tíbios se tornarão fervorosos.

8 - Os fervorosos alcançarão rapidamente grande perfeição.

9 - Abençoarei os lugares onde estiver exposta e venerada a imagem do meu Coração.

10 - Darei aos sacerdotes a força de comover os corações mais endurecidos.

11 - O nome daqueles que propagarem esta devoção ficará escrito no meu Coração e de lá nunca será apagado.

Felipe Aquino

quinta-feira, 6 de junho de 2013

A ação de Satanás e o exorcismo explicados por um padre exorcista.

 

Exorcista descreve o ritual de exorcismo, explica como Satanás age cotidianamente e o que fazer para proteger-se.
 
No domingo de Pentecostes, uma cena protagonizada pelo Papa Francisco e um endemoninhado na Praça de São Pedro, reacendeu no mundo o interesse pela figura do “exorcista”. Porém, a visão desse ministério, presente na Igreja desde os seus albores, está atualmente contaminada pelo desconhecimento de sua atividade e por inúmeros resquícios de Hollywood, fazendo com que a visão dos exorcismos corresponda mais à visão apresentada pelos cinemas do que à sua realidade.


Neste vídeo, o Padre Duarte Sousa Lara, sacerdote exorcista , explica como se dá a ação de Satanás na vida das pessoas, ao se aproveitar dos pecados, da indolência e da falta de decisão dos cristãos pela vivência da fé, levando muitos à perdição. O Padre Lara, que acompanhou durante muito tempo o ministério de Padre Gabriele Amorth, também explica o que é necessário fazer para evitar as armadilhas demoníacas.
 
 

A guerra dos Papas contra o diabo

 O suposto exorcismo feito pelo Papa Francisco serviu para reacender na memória das pessoas a existência do diabo





Papa Leão XIII
 
A expressão de Leão XIII era incomum. Os que o conheciam sabiam que algo acontecera. O olhar de perplexidade e de espanto do Santo Padre, fixado acima da cabeça do celebrante da Missa a qual assistia, denunciava a visão. Tratava-se do Maligno. O episódio ocorreu numa manhã comum, quando o pontífice participava de uma Celebração Eucarística em ação de graças à celebrada por ele anteriormente, como fazia de costume.
Imediatamente após o susto, o Papa se levantou e se dirigiu com pressa ao seu escritório particular. Meia hora depois, pediu para que chamassem o Secretário da Congregação de Ritos. O que pretendia Leão XIII? Ordenar que se rezasse todos os dias ao término da Missa a popular oração de invocação a São Miguel Arcanjo e súplica à Virgem Maria para que Deus precipite Satanás ao inferno. Segundo testemunho do Cardeal Natalli Rocca, em 1946, foi o próprio Leão XIII quem a redigiu.



Padre José Antonio Fortea
 
A batalha dos Papas contra o inimigo de Deus não é de agora. O assunto voltou à baila nas últimas semanas devido a uma oração feita pelo Papa Francisco a um homem na praça de São Pedro, alegadamente possesso. Para o renomado exorcista Padre Gabriele Amorth, não há dúvida de que fora um "exorcismo". Porém, para a Sala de Imprensa do Vaticano, tudo não passou de uma "oração". A declaração da Santa Sé é corroborada por outro exorcista, padre José Antonio Fortea, e também pelo mesmo sacerdote que acompanhava o senhor no dia da prece do Pontífice, padre Ruan Jivas, LC.
O homem, de 49 anos, que aparece nas imagens que correram o mundo chama-se Angelo V. Casado e pai de dois filhos, há 14 anos ele é vítima de possessões demoníacas. Conforme relato prestado ao jornal espanhol El Mundo, a experiência demoníaca começou em 1999, durante uma viagem de ônibus para casa, no estado mexicano de Michoacán. "Senti que uma energia estranha entrava no ônibus... tive a sensação de que estava abrindo minhas costelas. Pensei que fosse um ataque do coração", explicou. Possuído por quatro demônios, Angelo resolveu romper o silêncio devido ao ceticismo com que as pessoas reagem a esses casos: "há sacerdotes que não creem na possessão diabólica, que consideram um problema psiquiátrico. Há muitos possuídos que terminam em manicômios e morrem sem saber o que se passava".




Padre Gabriel Amorth
 
Para o padre Gabriele Amorth, exorcista da Diocese de Roma, a possessão de Angelo V. não é comum, mas uma possessão mensagem. Ele teria a obrigação de pedir aos bispos mexicanos que condenem a aprovação do aborto no México, em reparação às mortes e à ofensa à Virgem grávida de Guadalupe. Segundo o padre Juan Rivas, LC, que acompanha Angelo há algum tempo, 30 exorcismos já foram feitos, mas nenhum obteve sucesso. "Os demônios dizem que "a Senhora" não os deixará sair enquanto os bispos não cumprirem a condição, que é o ato de reparação e expiação e a consagração à Maria Imaculada", disse o sacerdote em entrevista ao portal Zenit.
Angelo V. explicou que decidiu se encontrar com o Papa Francisco após um sonho com o Pontífice, no qual ele aparecia com uma casula vermelha, segurando um turíbulo e rodeado por cardeais. A princípio não deu muita atenção ao sonho, até que assistiu a uma Missa do Santo Padre em que ele aparecia exatamente como na visão. "Passou-me pela cabeça: tenho que ir a Roma. Ademais, naquela época estava lendo um livro do Padre Gabriele Amorth no qual ele dizia que Bento XVI e João Paulo II haviam feito exorcismos em possuídos".
Os exorcismos feitos por Bento XVI e João Paulo II também repercutirem na mídia. No caso do Papa polonês, teriam sido três, sendo um deles poucos anos antes de sua morte, em 2005. Apesar do peso dos 80 anos e da doença de Mal de Parkinson, o embate entre o Santo Padre e o demônio teria ocorrido na tarde de 6 de setembro de 2002. A vítima seria uma italiana de 19 anos. Já Bento XVI teria confrontado o ódio do diabo numa das tradicionais Assembleias gerais de quarta-feira. Segundo o relato do Padre Gabriele Amorth, ao perceber a agitação dos endemoniados, o Papa alemão fitou-os e os abençoou. "Para os possessos isso funcionou como um soco em seus corpos por inteiro", conta o exorcista em seu livro "O último exorcista".
O flagelo do diabo imposto a Angelo já lhe causou grandes dramas. "Por sorte, meus filhos nunca me viram em transe, mas sabem que estou doente", lamentou ao El Mundo. Ele confessou que "há momentos em que os demônios parecem que vão sair, mas nunca se vão". Em um mundo cada vez mais dilacerado pelo materialismo, a história de Angelo é uma pedra de tropeço, que revela a existência do Mal e sua antiga batalha contra o Vigário de Cristo. E como ficou claro desde a sua primeira homilia, no que depender de Francisco, essa luta ainda perdurará por muitos anos.

 

Oração a São Miguel Arcanjo

 
"São Miguel Arcanjo, defendei-nos neste combate;
sede nosso auxílio contra as maldades
e ciladas do demônio,
instante e humildemente vos pedimos
que Deus sobre ele impere e vós,
Príncipe da milícia celeste,
com esse poder divino
precipitai no inferno a Satanás
e aos outros espíritos malignos
que vagueiam pelo mundo para perdição das almas.
Amém."

Por: Equipe Christo Nihil Praeponere 

No Dia Mundial do Meio Ambiente, Francisco pede o fim da "cultura do desperdício"


A Praça S. Pedro ficou lotada mais uma vez para a Audiência Geral desta quarta-feira.

O Papa dedicou inteiramente sua catequese à natureza, por ocasião do Dia Mundial do Meio Ambiente, promovido pelas Nações Unidas, que este ano lança um apelo contra o desperdício de alimentos.

Quando falamos de meio ambiente, disse o Papa, o pensamento remete às primeiras páginas da Bíblia, ao Livro do Gênesis, onde se afirma que Deus colocou o homem e a mulher sobre a terra para que a cultivassem e a guardassem.

Mas é o que estamos fazendo?, questionou o Pontífice. “Esta indicação de Deus não foi feita só no início da história, mas a cada um de nós. É nossa responsabilidade fazer com que o mundo se torne um jardim, num local habitável por todos. Mas nós, ao invés, somos muitas vezes guiados pela soberba do domínio, da posse, da manipulação, da exploração. Estamos perdendo a atitude do estupor, da contemplação, da escuta da criação. Isso acontece porque pensamos e vivemos de modo horizontal, nos afastamos de Deus.”

Todavia, esta responsabilidade de “cultivar e guardar” não diz respeito somente à natureza, mas compreende também as relações humanas. Francisco lembrou que seus predecessores falaram de ecologia humana intimamente relacionada à ecologia ambiental. A crise que hoje se vive, e que se reflete no meio ambiente, é sobretudo humana. E alertou: “A pessoa humana está em perigo!” E o perigo é grave porque a causa do problema não é superficial, mas profunda: não é somente uma questão de economia, mas de ética e de antropologia.

“A Igreja já falou isso várias vezes; e muitos dizem: sim, é verdade.... mas o sistema continua o mesmo. O que domina são as dinâmicas de uma economia sem ética. Hoje, o dinheiro comanda. Deste modo, homens e mulheres são sacrificados aos ídolos do lucro e do consumo: é a “cultura do descartável”. Se um computador quebra, é uma tragédia, mas a pobreza, as necessidades, os dramas de tantas pessoas acabam por fazer parte da normalidade…”

Esta “cultura do descartável” tende a se tornar mentalidade comum, que contagia a todos. A vida humana já não é sentida como o valor primário a respeitar e tutelar, especialmente se é pobre ou deficiente, se não serve – como o nascituro –, ou não serve mais – como idoso.

“Esta cultura do descartável nos tornou insensíveis também aos desperdícios e aos restos de alimentos – o que é ainda mais deplorável quando muitas pessoas e famílias sofrem fome e desnutrição em várias partes do mundo. O consumismo nos induziu a nos acostumar com o supérfluo e ao desperdício cotidiano de comida. Lembremo-nos, porém, que o alimento que jogamos fora é como se o tivéssemos roubado da mesa do pobre, de quem tem fome!”

Jesus não quer desperdício, lembrou o Papa. Depois da multiplicação dos pães e dos peixes, mandou recolher os pedaços que sobraram, para que nada se perdesse. Quando o alimento é repartido de modo justo, ninguém carece do necessário.

“Convido todos a refletirem sobre o problema da perda e do desperdício de alimento para identificar vias que sejam veículo de solidariedade e de compartilha com os mais necessitados. Ecologia humana e ecologia ambiental caminham juntas. Gostaria então que todos assumissem seriamente o compromisso de respeitar e proteger a criação, de estar atento a cada pessoa, de combater a cultura do desperdício e do descartável, para promover uma cultura da solidariedade e do encontro.”

Depois da catequese, o Papa saudou os grupos presentes na Praça. Dos peregrinos de língua portuguesa, fez uma saudação especial aos fiéis diocesanos de Curitiba com o seu Arcebispo, Dom Moacyr Vitti.

Fonte: Rádio Vaticano

Rede de Intercessão - Junho 2013

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A oração na vida do intercessor

"Sem a oração cotidiana vivida com fidelidade, o nosso fazer se esvazia, perde o sentido profundo, se reduz a um simples ativismo que, no final, nos deixam insatisfeitos. Cada passo da nossa vida, toda ação, também na Igreja, deve ser feita diante de Deus, à luz da sua Palavra" (Bento XVI).

O poder da oração é uma realidade concreta na vida de quem ora com disciplina e constância. Na Bíblia podemos encontrar diversas passagens que nos asseguram essa realidade e nos ensinam que a oração nos aproxima de Deus e, consequentemente, nos fortalece contra os inimigos e nos faz vencedores. No entanto, é necessário submeter-nos a um processo disciplinado de vida espiritual para que possamos encontrar o verdadeiro valor da oração em nossa vida. Na medida em que nos aproximamos de Deus através da oração e outras formas de espiritualidade, a nossa vida começa a ser mais conduzida pelo Espírito Santo e a nossa conversão se torna uma realidade. Eu não sei como está a sua vida espiritual, se você ora com frequência, porém devo lhe dizer que esta atitude é condição importante na vida de todo intercessor para que a sua intercessão alcance o coração do Senhor e seja atendida.

Como começar e desenvolver nosso momento de oração pessoal?

Nossa oração é uma resposta ao chamado de Deus. É a fé que capacita o cristão a orar. A habilidade de crer em Deus, de entregar a Ele nossas vontades, nossos corações e mentes nos é dada pelo poder do Espírito Santo, pela fé. Portanto, a oração é a flor que brota no jardim da fé. Se nos voltamos para Deus em busca de uma fé mais profunda, podemos ter completa confiança na Sua grande misericórdia. O Pai nos retirará de onde estamos para colocar-nos onde “planejou” que estivéssemos.

Maneiras práticas de planejar e entrar em oração:

1 – ESCOLHER A HORA: Se não estabelecermos uma hora específica para orar, não seremos capazes de orarmos regularmente. Por isso, escolha um momento em que você não esteja esgotado, mas alerta e concentrado em Deus no nível mais profundo do coração. O horário que você escolheu deve ser o melhor tempo de oração: “horário nobre”.

2 – ESCOLHER UM LUGAR: Uma das coisas que deve pesar na escolha de um lugar para a oração é o fato de que ele esteja longe de perturbações, um lugar onde você possa ficar alerta e concentrado. Pode ser em casa, na Igreja, no escritório, no jardim…

3 – ENTRAR EM ORAÇÃO:

a) Peça a presença do Espírito Santo: É Ele quem nos ensina a orar. É Ele quem nos leva a oração e nos revela como devemos orar.
b) Examine sua consciência: Considerando que a comunicação com Deus é bloqueada pelo pecado, Deus pode em sua oração levá-lo a “enxergar” seu próprio interior. O Exame de consciência pode ser um momento maravilhoso, cheio de graça em que Deus nos ajuda a jogar por terra todos os bloqueios que nos impedem de entrar numa oração profunda. A medida que o Senhor for revelando seus pecados, peça a graça de abandoná-los. Faça um firme propósito e rejeite o pecado, certo de que ele faz diminuir a sua capacidade de conhecer e servir a Deus.
c) Apresente o “seu problema” a Deus: Muitas vezes nossas orações tornam-se ineficientes por causa de nossos fardos de ansiedade e temor. Sem dúvidas, é importante apresentar nossos problemas ao nosso Pai celeste, porém não devemos deixar que todo o nosso tempo de oração seja tomado por tais divagações. Coloque, portanto, nas mãos do Pai, suas ansiedades, problemas, preocupações e fardos ao começar a sua oração e permita que Deus seja soberano em sua oração.
d) Louve a Deus: Faça uma oração verbal de louvor a Deus, por tudo que Ele é, por tudo o que Ele faz, por toda a Sua obra. Não seja tímido; não hesite em repetir os louvores de um cântico, de um salmo, expressando ao Senhor toda a alegria que há no seu coração por Ele, pela Sua presença na sua vida. Louve a Deus pelo bom e também por aquilo que não está bom. Se persistir na prática da oração e do louvor, você se surpreenderá ao ver como até o mais grave de seus problemas parecerá mínimo.
e) Faça perguntas a Deus: Faça perguntas a Deus sobre coisas que estão em seu coração. Traga esses problemas a Deus com total confiança de que ele agirá em seu favor. Seja “aberto” para encontrar uma resposta em sua oração, na Eucaristia, na Palavra de Deus, no Catecismo ou em outros livros, no conselho de um padre ou de outro conselheiro espiritual. Deus nos responderá e orientará.
f) Interceda com fé e confiança. Peça aquilo de que você precisa. Peça também pelas pessoas que estão necessitadas de oração. Deus dará! Não precisamos de influência ou prestígio, precisamos da Palavra de Deus em nossos corações fornecendo a base para o entendimento de nós mesmos e do mundo que está à nossa volta. Peça a Deus os dons e os carismas que ele deseja dar a você.
g) Anote o que Deus mostra: Antes de terminar sua oração, escreva o que Deus lhe disse e mostrou e revise no final de cada dia aquilo que escreveu. Isso torna a oração mais parecida com um diálogo fluente.

Assuma aquilo que Deus lhe mostrou durante o dia e se aposse da vitória de Deus na sua vida!

Núcleo Nacional do Ministério Intercessão

INTENÇÕES PARA ESTE MÊS

1.    Pela Reunião de Oração do seu Grupo de Oração (pelo pregador, dirigente, músicos e demais servos e pelas pessoas que participam da Reunião de Oração).

2.    Pelos Grupos de Oração na sua Diocese, no seu Estado e no Brasil.

3.    Pelos Ministérios da RCC no seu Grupo de Oração, na sua Diocese, no seu Estado e no Brasil.

4.    Pelas necessidades espirituais e financeiras dos escritórios diocesano, estadual e nacional da RCC.

5.    Pelos projetos da RCC na Diocese, no Estado, no Brasil na América Latina e no Mundo.

6.    Pelos eventos de evangelização da RCC no seu Grupo de Oração, na sua Diocese, no seu Estado e no Brasil.

7.    Pela Reunião dos Conselhos Diocesano, Estadual e Nacional que acontecerão durante este ano.

8.    Pelas coordenações do seu Grupo de Oração, da RCC na sua Diocese, no seu Estado e no Brasil (Coord. Nacional: Katia Roldi Zavaris e sua família).

9.    Pela Santa Igreja, pelo Santo Padre o Papa, pelo nosso Bispo diocesano, pelos Sacerdotes, pelos Diáconos, pelos Religiosos e Religiosas e pelos Seminaristas.

10.    Pelas casas de missão da RCCBRASIL.

11.    Pela construção da Sede Nacional da RCC do Brasil e pelos seus colaboradores.

12.    Para que todos os membros da RCC do Brasil se abram para a moção da Reconstrução.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Pentecostes em Angola

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Quando saímos do Brasil em direção à Uganda na África, um dos propósitos missionários era estabelecer laços de amizade, comunicação e ajuda entre a Renovação Carismática Católica do Brasil (RCCBRASIL) e a Renovação Carismática Católica (RCC) dos países africanos de fala portuguesa. São cinco, em todo o continente africano, que falam a mesma língua que a nossa: Angola, Tomé e Príncipe, Moçambique, Cabo Verde e Guiné Bissau.

Entendemos como confirmação de Deus esta intenção quando vimos que a porta da nossa entrada em Angola estava se abrindo, de forma e jeito que nos faz reconhecer que era a mão de Deus quem agia em favor deste primeiro contato. E qual surpresa que, exatamente no período da festa de Pentecostes, seria possível estarmos juntos com nossos irmãos angolanos.

Entre os dias 15 a 20 de maio estivemos juntos. Foram cinco dias intensos de missão: formação, pregação e oração.  Fomos acolhidas pela Arquidiocese de Luanda, cujo coordenador diocesano da RCC é João Francisco. O Convento das Irmãs Missionárias do Santíssimo Sacramento e Maria Imaculada nos deram hospedagem e alimentação, além de ajudarem no processo do visto de entrada no país.
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Já na tarde de nossa chegada, um Grupo de Oração (GO) que acontece todas as quartas-feiras, nos aguardava para a pregação e oração. Apenas deixamos as malas, tomamos um pouco de água e partimos. Baseadas na Palavra de Filipenses 4, 11-13, pregamos para aproximadamente 600 pessoas. Ressaltando que nós tudo podemos naquele que nos fortalece: “quando tomamos consciência que em Cristo nós tudo podemos, todas as situações em nossas vidas são de graça: na penúria ou na abundância, na fartura ou na fome. Somos forjados a tudo superar”. Em seguida oramos com o povo, proclamando essa verdade.

O segundo dia foi de formação. Fundamentadas na Palavra de Deus e no Magistério da Igreja, ensinamos sobre Ministérios na RCC e Evangelização. Orientadas pela reflexão trazida por Reinaldo Beserra à RCCBRASIL, trabalhamos com documentos como Lumen Gentium, Ministeria Quaedam e Apostalicum Actuositatem: “devem aceitar-se os carismas com ação de graças e consolação, pois todos, desde os mais extraordinários aos mais simples e comuns, são perfeitamente acomodados e úteis às necessidades da Igreja” (LG, 12), frisamos junto à liderança.

Na manhã do terceiro dia visitamos Padre Cafuma, vice-reitor do Seminário Maior da Arquidiocese de Luanda, que possibilitou nosso contato com a RCC de Angola. Acolheu-nos com generosidade e alegria, expondo as preocupações da Igreja de Angola em relação às necessidades de formação para o Movimento.

Depois encaminhamos para mais uma tarde de formação, com o tema “Oração por Cura e Libertação”. A formação abrangeu os cuidados que se deve observar ao orar pedindo a Deus por cura e libertação e “que este tipo de oração sempre compreenderá humildade, ordem e harmonia”.

No quarto dia, fizemos uma visita ao assessor eclesiástico da RCC de Luanda, Padre Apolônio. Recebendo-nos em sua paróquia, ali conhecemos um grande pastor da RCC, também com suas preocupações que foram partilhadas conosco.

Em seguida fomos para uma tarde de Oração por Cura e Libertação, ministrada por nós. Durante a pregação foi lembrado: “que Jesus Cristo é o mesmo: ontem, hoje e sempre. Recordamos que o ministério de Jesus era a pregação seguida da cura e trouxemos relatos do Evangelho onde Jesus curou a muitos e diversas formas: física, espiritual e psiquicamente. Por fim, proclamamos com fé que Ele está vivo e presente ali, e que era possível tocar em suas vestes”.

Continuamos com a oração após o anúncio, e ali Deus mostrou seu poder. No final do encontro vieram testemunhar o que o Espírito Santo revelara em nossos corações o que Deus estava fazendo: pessoas que estavam com dores, outras que não conseguiam perdoar, uma mãe e seu filho com depressão, uma jovem que não recebeu amor dos seus pais, mulheres abandonadas pelos esposos, mulheres oprimidas, jovens que sofreram abuso quando criança, pessoas com medo e sofrendo perturbações. Todas essas curas que Deus realizou no meio daquelas pessoas, confirmadas pelos seus testemunhos.

altDuas em especial chamaram a atenção: Primeiro, uma criança que deveria ter uns 12 anos, começou a chorar. Como ela estava nas primeiras fileiras, notamos suas lágrimas. E elas começaram quando estava sendo pregada e ministrada a passagem que Jesus estava chamando muitos que estavam aflitos e com fardos pesados. Só Jesus para saber que história de vida aquela pequenina trazia em seu coração, mas naquela tarde sabemos que encontrou alívio em Jesus.

A outra foi quando o Espírito de Deus nos levou a proclamar que havia ali três ou quatro pessoas que haviam perdido seus entes queridos e que não aceitavam a morte. Mas que a tristeza estava indo embora, e que agora tinha um intercessor junto a Deus. No final uma jovem nos procurou, dizendo que ela estava ali com suas três irmãs e que haviam perdido a mãe. Exatamente quatro pessoas. E que naquela tarde aquela proclamação consolou seus corações. Na missa do outro dia, trouxeram seu pai – o viúvo. Embora ele não estivesse presente no encontro, elas chegaram em casa e contaram para ele, e aquele homem agora estava com semblante alegre e cheio de esperança.

Toda a missão fora coroada com a Festa de Pentecostes. No dia 19 de maio estava toda a RCC da arquidiocese de Luanda reunida. Louvor, oração, pregação. A Santa Missa de encerramento foi presidida pelo assessor eclesiástico Padre Apolônio que, convidando a unidade e comunhão, trouxe esta mensagem ao Movimento: “O Renovamento do Espírito é a força da Igreja”.

Nós retornamos para Uganda com nosso coração cheio de alegria, com as palavras do coordenador diocesano da RCC de Luanda ressoando: “Abriu-se uma porta entre Angola e Brasil”. Embora muito cansadas fisicamente, a alma em júbilo e cheia de gratidão dizia “que nosso cansaço, a outros descanse”. A Jesus seja a glória, agora e para sempre!

Pela vida do Mundo!

Há pouco a Igreja encerrou o Tempo Pascal. Foram cinquenta dias de celebração do Mistério central de sua vida e fonte do testemunho da presença do Cristo ressuscitado, de onde os cristãos podem beber as forças necessárias para sua presença no mundo, chamados que foram a transformá-lo a partir de dentro. Três grandes celebrações desdobram diante do olhar da fé a mesma riqueza da vida cristã, com a qual a Igreja forma a todos nós, os fiéis, a saber, a Solenidade da Santíssima Trindade, Corpus Christi e a Festa do Sagrado Coração de Jesus. Comunhão de vida na Trindade, Sacrifício de Cristo que se renova e a verdadeira humanidade do Verbo de Deus que se encarnou. A oração litúrgica da Igreja demonstra a fé professada e proporciona a educação para o crescimento da mesma fé. Tudo nos permite aclamar que "esta é a nossa fé, que da Igreja recebemos e sinceramente professamos, razão de nossa alegria, em Cristo Jesus, nosso Senhor" (Cf. Ritual do Batismo).

Ao celebrar nestes dias a Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo, a Igreja quer recolher a riqueza de sua vida eucarística e oferecer com maior abundância a riqueza do Pão da vida, para a vida de todos. "Pela força do Espírito Santo, dais vida e santidade a todas as coisas e não cessais de reunir um povo, para que vos ofereça em toda parte, do nascer ao pôr do sol, um sacrifício perfeito" (Oração Eucarística III). Assim proclama a Igreja, numa de suas orações eucarísticas. O único Sacrifício de Cristo se faz presente e se renova, onde quer que se celebre a Santa Missa, desde a mais solene das liturgias até a mais simples das capelas, onde o mesmo altar testemunha o mistério da fé.

Em toda parte, quando o Pão e o Vinho apresentados são consagrados no Corpo e no Sangue, Alma e Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo, continuamos a aclamar: "Anunciamos, Senhor, a vossa morte e proclamamos a vossa ressurreição. Vinde, Senhor Jesus"! E o povo fiel se alimenta do próprio Cristo presente, para dali sair com  o compromisso de entregar a sua própria vida pela vida verdadeira que só Jesus Cristo Salvador pode oferecer.
  
Ao celebrar a Eucaristia, a Igreja volta seus olhos para o Céu e, ao mesmo tempo, para o mundo. Calvário e Manhã da Ressurreição estão presentes, a vinda de Jesus no final dos tempos se antecipa no Sacramento e os discípulos se tornam missionários, saindo da Missa para amar e servir. De forma especial o Domingo, dia da Ressurreição de Cristo, aparece como um dia a ser preparado, celebrado e prolongado na vida. Tem grande sentido um cartaz encontrado à entrada de uma Capela: "Entro para orar, saio para amar"!
  
Ao sair da Missa dominical, brotem em cada cristão as disposições para que se celebre também uma "Missa sobre o mundo", expressão do Padre Teilhard de Chardin S.J, de quem trouxemos um pequeno trecho:  "Senhor, o sol acaba de iluminar, ao longe a franja extrema do primeiro oriente. Mais uma vez, sob a toalha móvel de seus fogos, a superfície viva da terra desperta, freme, e recomeça seu espantoso trabalho. Colocarei sobre minha patena, meu Deus, a messe esperada desse novo esforço. Derramarei no meu cálice a seiva de todos os frutos que hoje serão esmagados. Meu cálice e minha patena, são as profundezas de uma alma largamente aberta a todas as forças que, em um instante, vão elevar-se de todos os pontos do Globo e convergir para o Espírito. Que venham pois, a mim, a lembrança e a mística presença daqueles que a luz desperta para uma nova jornada!... Mais confusamente, mas todos sem exceção, aqueles cuja tropa anônima forma a massa inumerável dos vivos: aqueles que me rodeiam e me sustentam sem que eu os conheça; aqueles que vêm e aqueles que vão; sobretudo aqueles que, na Verdade ou através do Erro, no seu escritório, laboratório ou fábrica, creem no progresso das coisas e, hoje, perseguirão apaixonadamente a luz. Quero que nesse momento meu ser ressoe ao murmúrio profundo dessa multidão agitada, confusa ou distinta, cuja imensidade nos espanta, - desse oceano humano cujas lentas e monótonas oscilações lançam a inquietação nos corações que mais acreditam. Tudo aquilo que vai aumentar no Mundo, ao longo deste dia, tudo aquilo que vai diminuir, - tudo aquilo que vai morrer, também, - eis, Senhor, o que me esforço por reunir em mim para vos oferecer; eis a matéria de meu sacrifício, o único que vós podeis desejar... Recebei, Senhor, esta Hóstia total que a Criação, movida por vossa atração, vos apresenta à nova aurora. Este pão, nosso esforço, não é em si, eu o sei, mais que uma degradação imensa. Este vinho, nossa dor, não é ainda, ai de mim, mais que uma dissolvente poção. Mas, no fundo dessa massa informe, colocastes - disso estou certo, porque o sinto - um irresistível e santificante desejo que nos faz a todos gritar, desde o ímpio ao fiel: "Senhor, fazei-nos Um"!
  
A missa dominical, bem participada, desperte a sensibilidade para tudo acolher, identificar o que é bom, oferecer a própria contribuição para superar o mal, estabelecer laços, superar conflitos, corrigir com mansidão, buscar mais o que une do que aquilo que separa as pessoas, os problemas encarados como desafios e não como ameaças, valorizar o dia a dia como o nosso tempo e a nossa grande oportunidade para viver no amor de Deus e do próximo. O espírito com que nos dispomos a agir assim seja o mesmo do altar de Cristo. Tudo seja oferecido como matéria de sacrifício. Exercite-se, para que o mundo tenha a vida que nasce do Mistério Pascal de Cristo, na entrega pessoal de sua existência. A lição do altar suscite o amor mútuo nas comunidades cristãs e nas atitudes de cada pessoa de fé. Grandes ideais, dignos da fé que professamos e queremos testemunhar!

altPor:
Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo Metropolitano de Belém
Assessor eclesiástico da RCCBRASIL