segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Não extingais o Espírito!

A Igreja ficou ornada de jovialidade, beleza e força, desde que a partir do Concílio Vaticano II ela se deixou tomar por renovada expectativa quanto aos carismas. Hoje, diferentemente de tempos passados, em qualquer paróquia, em qualquer pequena comunidade, em qualquer porção da Igreja a que se vá, encontramos grande quantidade de leigos atuando em diversos ministérios e serviços, e já nem conseguimos mais imaginar situação diferente dessa em nosso tempo. Também muitas formas diferentes de se viver a fé cristã, com múltiplas espiritualidades e formas de expressão, se espalham por toda a parte. Tudo isso são sinais de que estamos reencontrando os rastros de pentecostes com toda a sua explosão de força e grandeza.

A obra da Igreja se faz no mundo com o poder de Deus e com as potências humanas. Assim como numa balança, os dois pratos devem estar equilibrados. Não podemos pensar numa Igreja em que a parte sobrenatural se sobressaia a ponto de que sua porção natural seja ofuscada. Esperamos que na consumação dos tempos, a face de Deus venha a luzir sobre todos, com um brilho mais radiante do que o sol, mas não se pode esperar que seja assim agora.

Infelizmente, entretanto, temos visto que ainda estamos longe do saudável equilíbrio, pois a parte humana ainda é evidente demais enquanto a parte sobrenatural ainda não figura tal como em seus inícios. Pedro, por exemplo, curava até com sua sombra. Paulo, a quem se até um pano tocasse, este elemento se transformava em matéria à qual se apegava o poder miraculoso do Espírito Santo. Estamos reencontrando os rastros de pentecostes, mas ainda nos falta muito, porque ainda observamos muitas resistências aos dons do Espírito Santo.

As resistências se iniciam na relutância da natureza humana que se maravilha com a graça, mas que também, simultaneamente, sente-se instintivamente impulsionada à rejeição por temor ou por inadequação à sua convivência. Mas em nosso tempo, além das rejeições instintivas, pesa também sobre essa geração de cristãos, outros fatores que fortalecem a ações de resistências. Inicialmente, observamos o desconhecimento dos dons do Espírito Santo e dos seus modos de ação. Para sermos dóceis ao Espírito Santo precisamos de alguns conhecimentos sobre Ele, pois senão, não nos abrimos e não nos colocamos em expectativa quanto ao seu poder. A Bíblia nos mostra isso claramente na narrativa do encontro de Paulo, em Éfeso, com certos discípulos que haviam recebido apenas o batismo pregado por João Batista. Ele os inquiriu: Recebestes o Espírito Santo quando abraçastes a fé? Mas eles disseram que nem sequer sabiam que havia um Espírito Santo. Paulo lhes comunicou alguns conhecimentos sobre o Espírito Santo, os batizou em nome de Jesus e depois orou sobre eles. Ficaram então cheios do Espírito e começaram a falar em línguas e a profetizar (At, 19, 1-6).

Na trajetória histórica da Igreja, diversos fatores se constituíram como obstáculos que fizeram com que ela desviasse os olhos desses elementos fundamentais. Observamos que dois fatos contribuíram muito para isso, ou seja, as conversões compulsórias que trouxeram em massa as populações do Ocidente para o cristianismo, depois que ele se tornou a religião oficial do Império Romano, de forma que muitas dessas conversões não aconteceram propriamente pela conscientização provocada pela força da pregação. Outro fator foi o impacto do Montanismo, que fez abater-se sobre a Igreja uma espécie de “trauma”, o que acarretou temor aos carismas. Depois, conforme surgiam os desafios próprios de cada tempo, a Igreja se envolveu bastante com essas demandas, ora lutando para não sucumbir perante forças que a tentaram destruir, ora cuidando de robustecer suas bases estruturais e doutrinárias para se adaptar aos crescimentos que os tempos lhe apresentaram.

Conforme se apresentou acima, a nova visão proporcionada pelas ciências sobre o universo, com sua vastidão, também pode no levar a resistir aos dons espirituais, na medida em que podem trazer abalos a nossa fé e a nossa forma de relacionamento com Deus. De tal forma se agigantaram os conhecimentos científicos que, às vezes, a fé cristã pode até parecer ingênua para continuar embasando nossa visão de mundo. Parece que o Deus de nossa fé se “encolheu” perante as grandezas que passamos a vislumbrar. Assim aconteceu para muitos, mas também se sucedeu um sentido contrário, o Deus que paira acima de todas essas grandezas parece já não poder frequentar o “quartinho” de um orante, ou a “capelinha” onde se reúnem algumas almas inocentes. Já não parece simples afirmar que esse Deus imensamente poderoso seja o mesmo Deus que nos fala em oração.

Além disso, a circulação quase que instantânea de informações de toda ordem nos colocam perante todos os tipos de sofrimentos e dilemas que diariamente se abate sobre a vida humana na terra, dificultando também a oração como diálogo com Deus, quando estamos tão rodeados de sofrimentos e problemas.

Vimos ainda como fator de resistência à ação do Espírito Santo, as dificuldades de se estabelecer uma visão interpretativa dos textos bíblicos que falam sobre os dons espirituais. Parece, pois, que ainda pairam muitas interrogações sobre as formas com que se vê retornar determinados carismas na Igreja contemporânea. Assim é, por exemplo, no caso do dom das línguas, que ainda é visto com muita desconfiança por muitos cristãos que não interpretam os fundamentos bíblicos dessas práticas conforme interpreta a RCC e outros segmentos do Cristianismo atual.

As exposições que foram oferecidas estão longe de poder apresentar todas as formas de resistências que surgem ao Espírito Santo e aos seus dons. O que se fez foi apenas trazer a um cenário de discussões esse tema sob alguns enfoques específicos. Esses enfoques, apresentados como conjuntos aos quais se procurou ligar formas diversas de resistências, foram apresentados bem “por cima”, pois questões como essas podem ser muito mais aprofundadas, além do que, podem conduzir a múltiplos pontos de vista interpretativos.

Talvez alguém objete que foram evidenciadas mais as possíveis causas de resistências que as possíveis formas de solução. Creio que o fato mesmo de tornar manifestas as causas do problema já se constitui, inerentemente, num fator que induz a soluções, pois quando conhecemos as causas, já podemos gerar uma condição de combate. Além disso, tudo o que já conhecemos como formas de aprofundar e robustecer nossa fé, são meios de solucionar as resistências ao Espírito Santo, o que poderíamos mais realizar aqui seria um exercício de memória.

Reconhecendo, portanto, que as possíveis causas de resistências à ação do Espírito Santo que foram apresentadas, como também as formas de solução, estão ainda muito longe de poder esgotar o assunto, e até mesmo que outros assuntos ligados ao tema poderiam talvez ser aventados como mais importantes do que os que foram apresentados. Por essa razão, enfatizo que o tema em si é relevante para todos os cristãos, mas que os assuntos apresentados procuraram atender mais especialmente à visão que tenho sobre certas necessidades específicas da RCC. Assim, espero que possamos vislumbrar outras propostas em referência a este tema, e com contribuições superiores as que aqui prosseguem.

Antes de dar por terminado o que podemos ver aqui, quero ainda apresentar três reflexões retiradas de textos bíblicos com a intenção de que possam nos ajudar um pouco mais no aprofundamento sobre possíveis causas de resistências ao Espírito Santo e seus dons. Elas são apresentadas no final, e de forma bem resumida, porque se referem às resistências que podem ser vistas não como próprias de quem estará dando seus primeiros passos, mas seriam por quem já caminhou e retrocedeu em suas relações com os carismas.
O primeiro prazo para as inscrições do ENF2013, encontro que reúne carismáticos de todo país para oração, partilha, formação, e escuta profética termina dia 30 de novembro. As pessoas que efetuarem seu cadastro até esta data, terão desconto na inscrição que ficará pelo valor de R$60,00.
Após essa data, os valores serão periodicamente ajustado conforme os seguinte prazos:
de 01/12/2012 até 04/01/2013 - R$75,00
de 05/01/2013 até 18/01/2013 - R$85,00
na hora - R$95,00
A RCCBRASIL está trabalhando para que o ENF2013 seja realizado no Centro de Eventos da Sede Nacional em Canas/SP. O encontro reflitirá sobre a temática da RCC para 2013:“Esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé” (I Jo 5,4b).
Reúna a equipe de serviço do seu Grupo de Oração e venha participar deste grande encontro da família carismática, que dará início no dia 24 de janeiro de 2013 às 8h, com término no dia 27, às 13h.
Não perca esta oportunidade, acesse o link e faça sua inscrição!

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Projeto Epafras

Projeto Epafras

 


Introdução – Projeto Epafras – 30 minutos para Deus

É preciso ter metas, objetivos concretos, ter roteiros, direcionamento… Um caminho a caminhar. É por causa disso que o Espírito Santo tem suscitado uma espiritualidade assim: Com rumo, com direção. Uma espiritualidade de quem sabe o que quer. Entendo que até para rezar precisamos ter esta experiência administrativa, organizada, para que o Espírito Santo possa realizar maravilhas na história. Foi assim, por exemplo, com Josué (Js 6,1-16). Deus deu a Josué um verdadeiro roteiro de oração. Aquele povo tinha um objetivo que era conquistar Jericó, mesmo sabendo ser isto, algo humanamente impossível.
Então vejamos como fica isto:
Planejamento: Ficar no acampamento com a Arca e cada dia dar uma volta na cidade.
Objetivo: Conquistar Jericó
Meta: Dar uma volta a cada dia e no sétimo dia dar sete voltas e tocar a trombeta
Probabilidade de acerto: Nenhuma
Resultado: 100%


Releia este texto da tomada de Jericó. É um verdadeiro roteiro de oração.

Quando São Paulo se refere a Epafras (Col. 4,12), é fácil perceber que este homem, tinha um verdadeiro projeto de oração. Era alguém que sabia o que queria que tinha uma meta clara na sua intercessão pelas pessoas: “Para que cumprais a vontade de Deus”. Certamente muitas Graças aconteciam com a intercessão de Epafras. Devem ter chegado aos seus ouvidos e a todos da Comunidade de Colosso, muitos testemunhos de pessoas agraciadas com este “fazer a vontade de Deus”.
Estas pessoas, como Josué e Epafras nos mostram que é preciso nos organizar bem na oração, tendo metas e objetivos claros. Diante desta realidade é que quero trazer o PROJETO EPAFRAS-30 MINUTOS PARA DEUS.
Um verdadeiro projeto de oração ininterrupto, onde nossa oração é colocada numa caixa com tantas outras. Fazendo assim, com que nos unamos uns com os outros, para obtermos os favores de Deus, como o próprio Jesus nos ensina (Mt 18,19-20). Neste projeto cada um assume o compromisso de doar pelo menos 30 minutos do dia para Deus em favor de si próprio e de tantas pessoas. (Conf. Na pagina tal…).
No Projeto Epafras, literalmente nos colocaremos na brecha, como o próprio Deus quer que o façamos (Ez 22,30). Que lindo! Até Deus quer que haja um projeto na nossa oração, Deus quer que literalmente O enfrentemos na oração. Qual é a grande meta de Deus neste texto? Que nos coloquemos na brecha. O objetivo: Enfrentarmos a Ele na oração, para que o povo pecador não pereça.
O Projeto Epafras existe para taparmos todas as brechas e obtermos para nós e para todo Seu povo os favores que Ele mesmo quer nos conceder.
O mundo está carente de pessoas que rezem, de pessoas que diariamente se coloquem na brecha em favor de alguém ou de alguma causa. Espero que esta leitura possa trazer a você um avivamento na oração.
Deus abençoe você!
“Se vós, pois, que sois maus, sabeis dar boas coisas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai celeste dará boas coisas aos que lhe pedirem”. Mt 7,11

Conhecendo Epafras:
 
Etimologicamente, o nome grego “Epafras” significa “muito desejável”
Se conhece pouco sobre Epafras. São Paulo fala dele três vezes na Escritura, porém. Ele foi o primeiro missionário e pastor dos Colossenses. De Epafras, Paulo tomou conhecimento tanto do amor espiritual como dos perigos da igreja de Colosso, que o levou a escrever uma carta aos Colossenses.

Epafras nos parece ter sido vítima da perseguição dos Romanos e lançado na prisão junto com Paulo. À medida que Paulo vai concluindo a sua carta, ele cita algumas características da experiência de oração de Epafras.

· Paulo nos mostra os relacionamentos nos quais a vida de oração de Epafras foi alicerçada:

1)No relacionamento com Cristo (“um servo de Cristo”)

2)No relacionamento com as pessoas de Colosso (“um deles”).
 Epafras pertencia a Cristo, e também pertencia à comunidade colossos. A vida de Epafras era uma contínua intercessão, doação e serviço.

De acordo com Paulo, Epafras tinha algumas necessidades, diante das quais a vida de oração dele era motivada. Aqui estão os princípios que conduziam suas súplicas pelos colossenses:

1) Para que eles fossem “conservados” — isto é, permanecessem firmes na verdade, nas doutrinas da graça, se opondo a toda doutrina contrária;

2) Para que eles fossem “perfeitos” — literalmente, “crescessem plenamente” — isto é, crescessem em maturidade espiritual.

3) Para que eles fossem “completos em toda a vontade de Deus” — isto é, cheios de obediência e certeza da vontade graciosa de Deus.

Paulo fala das características pelas quais a vida de oração de Epafras era marcada. São estas:

1) Um espírito de catolicidade zelosa: “Pois eu lhe dou testemunho de que tem grande zelo por vós, e pelos que estão em Laodicéia, e pelos que estão em Hierápolis”.

2) Um espírito de constância abundante: “Combatendo sempre por vós em orações”.

3) Um espírito de agonia que luta: “combatendo” — isto é, suas orações não eram apenas generosas, numerosas e contínuas, mas árduas também. Ele vivia engajado em na batalha espiritual.

Da vida de oração de Epafras o que podemos aprender?

1) Perseverar em verdadeira oração

2) Verdadeiros lutadores receberão muita oposição. Um escritor, Andrew Bonar escreveu: “A ordem de Satanás para os seus diabos é, ‘Não lute com pessoas grandes ou pequenas, mas somente com pessoas que oram’”.

3) A oração é um chamado para toda a vida, não importa em quais circunstâncias estejamos.

4) Nossa maior necessidade na igreja e como Igreja é por suplicantes e lutadores como Epafras.
 
Conhecendo a Cidade de Colossos:
 
Colossos ficava a sudoeste da Frígia, na Ásia Menor, às margens do rio Lico. A cidade foi importante no século V a.C. Depois foi perdendo sua importância diante do crescimento de Laodicéia, a 18 km, e Hierápolis (Col. 4.13). O livro de Apocalipse confirma que Laodicéia era uma cidade rica (Ap.3.18).
Colossos perdeu sua importância devido à mudança no sistema de estradas. Isso passou a beneficiar Laodicéia.
A cidade dos colossenses foi destruída no século 12 d.C. Escavações arqueológicas realizadas em 1835 descobriram um teatro e um cemitério da cidade.

 
Conhecendo a Igreja de colossos

A igreja em Colossos deve ter sido fundada por Epafras. Isso não está claro no Novo Testamento, mas parece ser uma dedução coerente com as palavras de Paulo (Col. 1.7,8). É provável que Paulo nunca tenha estado em Colossos. Isso é deduzido de Col. 2.1. Apesar de tantas questões incertas sobre a fundação da igreja, o que sabemos com certeza é que a mesma estava sob a liderança de Epafras, como também ocorria com as igrejas de Laodicéia e Hierápolis (Col. 4.12-13). O texto de Colossenses 4 e também o de Filemom 23 nos dão a entender que Epafras estava preso juntamente com Paulo, quando este escreve as chamadas “epístolas da prisão”: Efésios, Filipenses, Colossenses e Filemom. Essa circunstância comum às quatro cartas faz com que haja algumas semelhanças entre elas, principalmente entre Efésios e Colossenses (Exemplo: Ef. 6.21-22 e Col. 4.7,9 e Fm. 10 23,24).

 
O Projeto

Cl 4,12 – Saúda-vos Epafras, vosso concidadão, servo de Jesus Cristo. Ele não cessa de lutar por vós em suas orações, para que, numa perfeita e plena convicção, permaneçais plenamente submissos à vontade divina.
Peço que você releia este versículo muitas vezes. Até mesmo decore. Aí diz que este servo de Deus Epafras, não cessa de lutar na oração.
Como a Epafras, Deus nos convida a uma oração sem cessar. A nossa vida é uma verdadeira guerra espiritual. E como em toda guerra precisamos de armas, na guerra espiritual precisamos estar armados e armados espiritualmente. Precisamos lutar para alcançar os favores de Deus.
Cada um de nós tem “guerras”. “Guerras” estas que nunca serão vencidas por forças humanas, mas sim espirituais. “Guerras” que precisam de um assalto incessante de louvores, súplicas, clamores, adorações… ao Deus vivo e verdadeiro, sim a Ele que tem o controle de todas as coisas. E para vencermos estas “guerras” precisamos da Graça do orar sem cessar. E como é impossível rezarmos o tempo todo humanamente falando, trazemos até você o Projeto Epafras, que consiste em durante as 24 horas do dia, a nossa causa ser elevada até o Céu, sem cessar…
E como se dará isto: Vamos dividir o dia de 24 horas em 30 minutos de oração para cada pessoa. Bastariam 48 pessoas para preencher as 24 horas, mas é claro que quanto mais pessoas em um horário, será melhor, será mais oração naquele horário.
Teríamos metas: Iniciaríamos jornadas de 40 dias (lembrando A caminhada do povo de Deus no deserto, Jesus antes da vida pública). Sempre começando com uma Missa de entrega de todos os pedidos que colocaremos numa caixa de oração. E nossa intenção será sempre pelos pedidos da caixa de oração, onde é claro, estará o pedido de cada um de nós. Então seguiremos um roteiro de oração de exatamente 30 minutos. E sempre encerraremos com uma Missa de louvor, e ação de Graças a Deus, onde nesta mesma, iniciaremos outra jornada de 40 dias e assim sucessivamente.
Não entendi ainda o que Deus quer com isso, mas sinto que será um derramamento de Graças. Seremos os Epafras dos dias de hoje, homens e mulheres que oram sem cessar. “Digo-vos ainda isto: se dois de vós se unirem sobre a terra para pedir, seja o que for, consegui-lo-ão de meu Pai que está nos céus”. (Mt 18,19)
Para implantar o projeto Epafras é necessário pelo menos 48 pessoas que dediquem 30 minutos do dia à oração e à intercessão. E vai ser muito bom, pois é muito simples. Em casa mesmo cada um pode fazer sua oração. Por exemplo: As famílias podem colocar suas lutas e sofrimentos em oração. Todos rezando por aquela causa durante 40 dias. E até mesmo a cada 40 dias rezar por alguém da família. No trabalho também. Inclusive os padres nas paróquias convocando os fiéis a rezarem por situações concretas da Comunidade. Com os colegas dividir o tempo e intercederem por situações concretas. E o lindo do projeto Epafras é que um rezará por todas as intenções e todos rezarão pela intenção de um só, pois não esqueça: A intenção é sempre por aqueles pedidos que foram colocadas na Caixa de Oração.
E agora, mãos à obra, comece logo, reúna as pessoas e muita oração!!!
E por que Projeto? Porque é algo concreto, com meta, com objetivo, com determinação, que tem uma direção.
Deus inspirou também um roteiro de oração. É claro, cada um sinta-se livre: Nos seus 30 minutos, você pode rezar um terço ou outras orações. Porém, é importante seguirmos todos uma mesma oração.

 
Roteiro de Oração

Projeto Epafras – 30 minutos para Deus


Apresentação:

Nossa oração será da forma que segue: Invocação do Espírito Santo (Seqüência de Pentecostes), seguida de um bom momento de oração em línguas, pelo menos 5 minutos. Depois leia e reze o evangelho do dia (é importante estar sempre com uma Bíblia em mãos). Seja livre, mas gaste aí pelo menos 5 minutos também (É importante nesta leitura do Evangelho, perceber uma mensagem central e interceder especificamente. Por exemplo: Se o Evangelho fala de cura, interceda por aqueles que colocaram na Caixa de Oração pedidos de cura. A Palavra de Deus é rica e eficaz. Cada dia você terá uma inspiração para interceder no Projeto Epafras). Após o Evangelho temos uma oração de libertação e de vitória em Nome de Jesus (É importante proclamarmos a vitória de Jesus). Antes de finalizar, reze o terço de São José (Pois Ele é patrono da Igreja, homem de silêncio e de escuta, protetor de Jesus e de Maria, que com certeza nos protege e a todos que a Ele dirigem suas orações). E para encerrar, reze esta linda e eficaz oração à Nossa Senhora do Desterro.


Introdução:

Pelo sinal da santa Cruz, livrai-nos Deus Nosso Senhor, dos nossos inimigos. Em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, Amém!

1) Seqüência de Pentecostes:

“Espírito de Deus, enviai dos céus um raio de luz! Vinde, Pai dos pobres, dai aos corações vossos sete dons. Consolo que acalma, hóspede da alma, doce alívio, vinde! No labor, descanso, na aflição remanso, no calor aragem. Enchei, luz bendita, chama que crepita, o íntimo de nós! Sem a luz que acode, nada o homem pode, nenhum bem há nele. Ao sujo lavai, ao seco regai, curai o doente. Dobrai o que é duro, guiai no escuro, o frio aquecei. Dai a vossa Igreja que espera e deseja vossos sete dons. Dai em prêmio ao forte uma santa morte, alegria eterna. Amém!”

2) Evangelho: Tenha a Bíblia em mãos, para saber qual é o Evangelho do dia.


3) Oração no Nome de Jesus:

No nome de Jesus e nas Suas Chagas está a vitória
Jesus Cristo esmagou a cabeça da serpente
E derrotou o poder que ela tinha sobre nós
A vitória foi alcançada, Aleluia!

No nome de Jesus e nas Suas Chagas está a vitória
Jesus Cristo despojou a morte de seu poder
E também nas nossas vidas e no nosso coração
Ele venceu a morte, Aleluia!

No nome de Jesus e nas Suas Chagas está a vitória
O Cordeiro, o Leão de Judá venceu o poder de satanás
E o poder do pecado em nossas vidas
Jesus é o vencedor, Aleluia!

No nome de Jesus e nas Suas Chagas está a vitória
Jesus pôs todos os inimigos sob Seus pés
Também nas nossas vidas o inimigo foi vencido
Jesus é o vencedor, Aleluia!

No nome de Jesus e nas Suas Chagas está a vitória
Jesus veio para destruir as obras do diabo
Elas foram destruídas, pois Jesus é o vencedor, Aleluia!

No nome de Jesus e nas Suas Chagas está a vitória
Jesus nos resgatou de todo o poder do pecado
Pois Ele diz: “Se o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres”
Isto significa para nós: Estamos livres das algemas do pecado
Jesus é o vencedor, Aleluia!

No nome de Jesus e nas Suas Chagas está a vitória
Eu sei que o nosso Redentor vive, nos redime
E nos transforma em novas criaturas
Nós estamos livres, Aleluia!

No nome de Jesus e nas Suas Chagas está a vitória
Jesus despojou os Seus inimigos publicamente
E os expôs ao desprezo triunfando deles na cruz
Jesus é o vencedor sobre qualquer poder do inimigo, Aleluia!

No nome de Jesus e nas Suas Chagas está a vitória
Jesus tem as chaves da morte e do inferno
Nunca mais algum inimigo nos poderá causar dano, Por mais furioso que se mostre
Jesus é o vencedor, Aleluia!


4) Terço de São José:

Inicia-se o terço com:
O Credo / Um Pai-Nosso / Três Ave-Marias / Um Glória

Seguir as orações substituindo o Pai-Nosso por:
Meu glorioso São José, nas vossas maiores aflições e tribulações, o Anjo não vos valeu? Valei-me São José!
Substituir a Ave Maria, por:

“São José, valei-me.”

Conclui-se o terço com este oferecimento:

“A vós, glorioso São José, ofereço este terço em louvor e glória de Jesus, Maria e a Vós, para que sejais minha luz, minha guarda, meu guia, proteção, defesa, amparo, fortaleza, alegria em todos os meus trabalhos, tribulações e agonias. Pelo nome de Jesus, pela glória de Maria, imploro o vosso poderoso patrocínio, para que me alcanceis a Graça que desejo. Falai em meu favor, advogai em minha causa, no céu e na terra. Alegrai a minha alma para a honra e gloria de Jesus, Maria e vossa, Assim seja!”


5) Oração à Nossa senhora do desterro:

“Ó Bem-aventurada Virgem Maria, mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo Salvador do Mundo, Rainha do Céu e da Terra, advogada dos pecadores, auxiliadora dos cristãos, protetora dos pobres, consoladora dos tristes, amparo dos órfãos e viúvas, alívio das almas penantes, socorro dos aflitos, desterradora das indigências, das calamidades, dos inimigos corporais e espirituais, da morte cruel dos tormentos eternos, de todo bicho e animal peçonhentos, dos maus pensamentos, dos sonhos pavorosos, das cenas terríveis e visões espantosas, do rigor do dia do juízo, das pragas, dos incêndios, desastres, bruxarias e maldições, dos malfeitores, ladrões, assaltantes e assassinos.
Minha amada mãe, eu prostrado agora aos vossos pés, com piedosíssimas lágrimas, cheio de arrependimento das minhas pesadas culpas, por vosso intermédio imploro perdão a Deus infinitamente bom. Rogai ao vosso Divino Filho Jesus, por nossas famílias, para que ele desterre de nossas vidas todos estes males, nos dê perdão de nossos pecados e nos enriqueça com sua divina graça e misericórdia.
Cobri-nos com o vosso manto maternal, ó divina estrela dos montes. Desterrai de nós todos os males e maldições. Afugentai de nós a peste e os desassossegos.
Possamos, por vosso intermédio, obter de Deus a cura de todas as doenças, encontrar as portas do Céu abertas e convosco ser felizes por toda a eternidade. Amém.”


(Rezar 7 Pai-nossos, 7 Ave-Marias e 1 Credo ao Sagrado Coração de Jesus, pelas sete dores de Maria Santíssima).


Testemunhos:



A cada edição serão renovados, como no livro: Terço da libertação.
Bibliografia:
Cic
Bíblia Ave-Maria
Bíblia edição pastoral – Edições Paulinas
Lv Colocando-se na brecha – Madre Basiléia
Lv. Orações de poder – Editora Raboni

domingo, 18 de novembro de 2012

DOM DE CURA

Acompanhe algumas perguntas e respostas acerca do dom da Cura.

Em que consiste o dom de cura?

O dom de cura é um carisma como os demais carismas que se recebem gratuitamente para colocar a serviço dos enfermos. É possível dizer que os cristãos, quando oram pelos doentes, às vezes descobrem com surpresa que Deus responde à sua oração sarando enfermos e quando essas curas se repetem, já é um sinal de que Deus quer usar essa pessoa através de sua oração, para manifestar compaixão pelos enfermos. Então, neste carisma de cura, quem atua é Deus. É Jesus quem cura. E o cristão que recebe o dom da cura, é pela fé que o recebe e que manifesta através de sua oração e o Espírito Santo manifesta um carisma respondendo à sua oração. É isso realmente o importante: nós oramos e Jesus cura; nós não curamos a ninguém, quem cura é Jesus.

 
 


Para receber o dom da cura se deve ter qualidades especiais?
 

 Não, pois é um dom gratuito. O Senhor não dá este dom de cura a uns privilegiados. O dá a quem Ele quer. Mas se deve aspirar a ter dons espirituais. O diz São Paulo: “aspirem aos dons espirituais”; se alguém não quer receber este carisma Deus não vai impor. Há que se ter compaixão pelos enfermos e desejar ajuda-los. E quando alguém começa a orar pelos enfermos, pode ser que se manifeste esse carisma.
 
 
De que modo alguém deve desejá-lo e logo o colocar em prática?
 

 Há que se obedecer aos carismas, há que se aspirar aos carismas, aos dons espirituais, nunca o Senhor vai impor um carisma à força, nos disse São Paulo “os espíritos dos profetas obedece aos profetas", quer dizer, o Espírito Santo que está nos profetas os impulsiona a profetizar, não os obriga, respeita a liberdade do profeta, de maneira que se alguém não quer, o Espírito Santo não vai atuar através dele. Por isso, disse São Paulo, “não apaguem o Espírito”. Há pessoa que recebem um carisma, um impulso a orar, por exemplo, pelos enfermos, porém não o fazem, e Paulo diz: “não apaguem o Espírito...julguem tudo e fiquem com o que é bom”.
 
 

São Paulo disse que o amor é o essencial, então por que se dá tanta importância aos carismas?
 

 O amor é o maior, o mais importante, porém, vocês se dão conta que aquele que pratica um carisma está praticando um ato de amor? Porque o amor não é uma coisa especulativa, o amor se exercita na vida concreta e quando alguém coloca a serviço da comunidade um carisma que recebeu está exercitando o amor. O amor se exercita através de serviço. O amor não é uma coisa emocional somente. Aquele que muito ama é capaz de fazer grandes sacrifícios pelo amado, diz o Senhor. Então, no exercício dos carismas tu estás ajudando seu irmão e é a ajuda que você lhe dá que manifesta o teu amor. Não há nenhuma contradição. Aquele que pretende ter muito amor e recusa os carismas, como vai exercitar seu amor, se não é servindo?





Essas e outras perguntas você encontra no livro “Jesus Cura Hoje”, do Padre Emiliano Tardif, disponível pelo site da Editora RCCBRASIL ou através do telefone (53) 3227.0710.

FIM DO MUNDO

Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo Metropolitano de Belém
Assessor Eclesiástio da RCCBRASIL


Não é brincadeira! O mundo vai acabar! Com toda certeza, um dia Deus será tudo em todos, as coisas antigas passarão, contemplaremos o Filho do Homem vir nas nuvens com grande poder e glória (Mc 13,26). Mas... "quanto àquele dia, ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, mas somente o Pai" (Mc 13,24-32).

É da segunda carta de São Pedro a recomendação: "O que esperamos, de acordo com a sua promessa, são novos céus e uma nova terra, nos quais habitará a justiça. Vivendo nesta esperança, esforçai-vos para que ele vos encontre numa vida pura, sem mancha e em paz. Considerai também como salvação a paciência de nosso Senhor" (2 Pd 3,12-15). Aliás, já vivemos no fim dos tempos, desde que veio o Senhor e Salvador, Jesus Cristo. Inaugurou-se, pela bondade de Deus, o tempo novo. Somos por ele chamados a viver nesta terra antecipando e apressando o dia de Deus (cf. 2 Pd 3,12).

Logo, nenhuma preocupação com o fim do mundo, mas muita ocupação em viver neste mundo com justiça e piedade. Quando se completar a obra, esta chegará ao seu término, será completa, chegará ao fim! Vale a pena buscar um roteiro de viagem para a caminhada nesta terra, ocupando-nos com o que constrói desde já o Reino de Deus, no qual também os seus filhos reinarão.

Temos uma virtude, que é dom de Deus recebido de presente no Batismo, a esperança, que nos dá a certeza de não estarmos num beco sem saída. Não fomos jogados neste mundo, como obra do acaso! Temos nome diante a face de Deus, somos reconhecidos e tratados como filhos e destinados à felicidade. O Pai do Céu fez este mundo como paraíso para suas criaturas, e é nossa missão lutar para que ele seja assim e para todos. Daí, faz parte da missão do cristão reconstruir, consertar, tomar iniciativa, espalhar o bem, semear por acreditar na colheita, não só aquela do final dos tempos, mas as muitas e sucessivas florações do jardim de Deus em torno a nós. Em qualquer etapa da viagem, a meta é certa!

Não perder tempo, mas preencher com amor a Deus e ao próximo cada instante da existência. Quem chega ao fim de um dia maravilhosamente cansado, depois de ter feito o bem, será feliz e realizado. Nem terá tempo para medo de escuridão ou dos inexistentes fantasmas que podem povoar a "louca da casa", a imaginação. Não terá medo da morte, pois sabe que ela um dia chegará no melhor momento da existência de cada pessoa. É que Deus, sendo Amor, colherá a flor da vida de cada filho ou filha no tempo certo, pois para ele um dia é como mil anos e mil anos como um dia (Sl 89,4). Ninguém na ociosidade! Não perder tempo!

Ao longo da estrada, há sinais oferecidos por Deus, mostrando o rumo da viagem. Pode ser o irmão caído beira do caminho, um grito que pede atenção. Ali, há que descer da montaria de nosso orgulho ou falta de tempo, derramando o óleo e o vinho do afeto (Cf. Lc 10,30-37), dando o que pudermos para que aquele que caiu seja confiado à "estalagem" chamada Igreja, a quem cabe cuidar da humanidade até o Senhor voltar!

Muitas vezes será a palavra anunciada, "oportuna e inoportunamente" (2 Tm 4,2), cujo som ecoa e chega ao ouvido e ao coração. Até o Senhor voltar, sinal será a comunidade que participa da Eucaristia, enquanto espera sua vinda, clamando quotidianamente "Vem, Senhor Jesus". Na Eucaristia, torna-se presente o sacrifício de Cristo, sua Morte e Ressurreição. Mesa preparada, irmãos acolhidos, Céu que se antecipa e nos faz missionários! Acolher a todos e fazer crescer a Igreja.

Quem escolhe o seguimento de Jesus Cristo prestará atenção nos "sinais dos tempos", aprendendo com as lições de sua história pessoal e dos acontecimentos. Para dar um exemplo, ao ler ou ouvir as notícias diárias de crises, crimes ou desastres, saberá ir além dos sustos ou escândalos. Ao invés de achar que o fim do mundo está chegando, porá mãos à obra, buscando todos os meios para que o dia de amanhã seja melhor do que hoje. Será sua tarefa ir além das eventuais emoções oferecidas pelos acontecimentos, para edificar com serenidade e firmeza o futuro. Se para tanto haveremos sempre de contar com a graça de Deus, que ninguém se esqueça de que, após a criação do mundo, o cuidado com tudo o que era "muito bom" (Cf. Gn 1,1-31) foi entregue ao homem e a mulher. Responsabilidade!

Mais ainda! Quem olha ao seu redor, verá que a viagem se faz em comunhão com outras pessoas. Ninguém tem todos os dons e todas as capacidades. O apóstolo São Paulo já ensinava, comparando com o corpo a vida da Igreja (Cf. 1 Cor 12,1-31) o jeito de partilhar com os outros na aventura da existência nesta terra. Enquanto caminhamos, é bom aprender as leis da eternidade, onde Deus será tudo em todos. Partilhar os dons e os bens, superar a ganância e aproveitar todas as ocasiões para estar com os outros, construindo um mundo de irmãos. Na eternidade, não haverá luto, nem dor, egoísmo ou tristeza! É bom antecipá-la!

Assim, ouvir a Igreja que fala do fim dos tempos, será uma positiva provocação a todos os cristãos. Atenção aos avisos de trânsito na estrada do Reino definitivo: "A meta é certa!"; "Não perder tempo!";
"Acolher a todos e fazer crescer a Igreja!"; "Responsabilidade!"; "Antecipar os valores da eternidade!" Poderemos então rezar confiantes: "Senhor nosso Deus, fazei que nossa alegria consista em vos servir de todo o coração, pois só teremos felicidade completa servindo a vós, o criador de todas as coisas". Amém! Maranatha! Vem, Senhor Jesus! Amém!

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

I Encontro Vocacional da RCC acontece em Dezembro

Com o tema “Minha vocação uma resposta de Amor a Deus”, a Renovação Carismática Católica do Brasil realiza o 1º Encontro Vocacional da RCCBRASIL. O evento tem como público alvo aquelas pessoas que desejam assumir o chamado de Deus em suas vidas, principalmente nas Casas de Missão da RCCBRASIL.

O Encontro Vocacional acontecerá em Canas/SP, na (Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora - Rua Nossa Senhora Auxiliadora nº 112 Centro), entre os dias 14 e 16 de dezembro de 2012. Como pregadores o evento contará com o coordenador Nacional do Ministério Jovem e Diretor Executivo do Escritótio Nacional da RCCBRASIL, Marcio Zolin, a Coordenadora Nacional do Ministério de Formação, Lucimar Mazieiro e o Coordenador Geral das Casas de Missão da RCCBRASIL, Ronaldo “Salomão”. Além destes, está confirmada a presença da missionária e Coordenadora da Casa de Missão de Afuá/PA Virtes Romani.

As vagas são limitadas a 100 pessoas, para que todos os vocacionados possam ser bem acompanhados. O investimento é de R$ 150,00 e estão inclusos alimentação, inscrição, hospedagem em casas de família e deslocamento da cidade de Lorena ou Cachoeira Paulista, em direção à Canas.

Mais informações, inscrições e contato através da
página do evento em nosso Portal, pelo e-mail: vocacional@rccbrasil.org.br Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. ou pelo telefone (53) 3227.0710 com Daniele

Por que a RCC enviou missionários para Uganda?


quinta-feira, 1 de novembro de 2012

A importância da Lectio Divina

A oração em comum alcança toda sua eficácia quando está intimamente ligada à oração pessoal. Oração pessoal e comunitária, de fato, estão estreitamente relacionadas e são complementares entre si. Tanto para a oração pessoal como para a oração comunitária, valem as palavras do Senhor: “Orai sempre, sem cessar” (Lc 18, 1).

“Alegrai-vos sempre, orai sem cessar...” (1Ts 5, 17). Viver a espiritualidade significa, antes de tudo, partir da pessoa de Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, presente na Palavra, a primeira fonte de toda a vida espiritual cristã. A santidade não é concebível senão a partir de uma renovada escuta da Palavra de Deus (Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, 2002, n. 24).

Neste sentido, a Lectio nos ajuda com passos definidos a guardar a Palavra e a colocá-la em nossas vidas, a fim de sustentar um relacionamento pessoal com Deus Vivo e com sua vontade salvífica e santificadora. Todos os acontecimentos do dia a dia se tornam ocasiões importantes para encarnarmos a Palavra que colhemos preferencialmente antes do nascer do sol. Por meio da Lectio Divina, a Palavra pode ser transferida para a vida, iluminando-a com a sabedoria do Espírito Santo.

“A sabedoria é luminosa... Quem por ela madruga não se cansa, pois a encontrará sentada à porta. Meditar sobre ela é a perfeição do bom senso”. (Sb 6, 12-15).

Este pão da Palavra, que a própria Igreja nos oferece em sua liturgia (por meio da Leitura, do Salmo e do Evangelho), deve ser colocado à mesa do nosso coração, da nossa alma e do nosso espírito bem cedo. É ele o sustento da nossa alma no combate espiritual daquele dia. Todo nutricionista diz que o café da manhã deve ser a principal refeição, isso porque, temos pela frente uma jornada repleta de desafios e exigências físicas. Também o pão da Palavra deve ser nosso café da manhã, nossa principal refeição espiritual e, por esta refeição, devemos nos antecipar ao sol.

Nosso dia será repleto de desafios, dificuldades, encontros e desencontros, tentações, desejos, sentimentos, feridas, emoções, maus hábitos e comportamentos que estão presentes em nós. É exatamente aí que a Palavra de Deus entra, modificando tudo isso em nós. É assim que podemos verdadeiramente encarnar a Palavra, deixar que ela penetre as profundezas de nossa alma, de nossa existência, santificando-nos e purificando-nos de todas as nossas manchas.

“A Palavra de Deus é viva, eficaz e mais penetrante que qualquer espada de dois gumes. Penetra até dividir alma e espírito, articulações e medulas. Julga os pensamentos e as intenções do coração. Não há criatura que possa ocultar-se diante dela. Tudo está nu e descoberto aos olhos daquele a quem devemos prestar contas.” (Hb 4, 12-13)

Ele mesmo, o Verbo, a Palavra, fará com que sejamos guardados de toda mancha. Não existe outra maneira de sermos santificados senão pela ação da Palavra em nossas vidas. “Que o próprio Deus da paz vos santifique inteiramente, e que todo o vosso ser – o espírito, a alma e o corpo – seja guardado irrepreensível para a vida de nosso Senhor Jesus Cristo! Aquele que vos chama é fiel, ele mesmo fará isto”. (I Ts 5, 23-24)





Este é um trecho do livro "Não só de pão vive o homem", ele está disponível no site da editora RCCBRASIL.